Top 5 notícias mais lidas no blog Dot.Lib em 2023
Em um cenário no qual a busca por informações precisas e atualizadas é fundamental para a evolução dos diversos campos do conhecimento, a Dot.Lib se estabeleceu como um farol orientador para bibliotecários, cientistas, professores e pesquisadores ávidos por novidades e descobertas. O ano de 2023 testemunhou um intenso fluxo de conteúdo, e dentro desse vasto panorama, cinco notícias emergiram como as mais lidas e discutidas na plataforma da Dot.Lib.
Este ranking de notícias revela não apenas o interesse, mas também as prioridades e demandas desses profissionais dedicados ao constante aprimoramento e à expansão do conhecimento. Cada notícia selecionada não é apenas um registro do que capturou a atenção, mas sim um reflexo claro das tendências, desafios e avanços que moldaram os horizontes intelectuais e profissionais desse público diversificado ao longo do ano.
A seguir, confira a lista com as cinco notícias mais lidas de 2023, cujas fontes são quatro renomadas editoras com ampla cobertura nas mais diversas Ciências, todas parceiras da Dot.Lib e confirmadíssimas para continuar conosco em 2024.
5º lugar
"JAMA: dapagliflozina reduz ácido úrico em quadros de insuficiência cardíaca"
Imagem: Canva / Dot.Lib.
Um estudo publicado em fevereiro de 2023 no JAMA Cardiology investigou os benefícios da dapagliflozina, um medicamento comumente usado no tratamento do diabetes tipo 2, em pacientes com insuficiência cardíaca. Os pesquisadores analisaram dados de mais de 11 mil participantes de dois ensaios clínicos randomizados em 26 países.
Os resultados revelaram que a dapagliflozina administrada em 10 miligramas, uma vez ao dia, em adição à terapia padrão, reduziu o risco do desfecho primário em 95%. Ainda, o medicamento reduziu em 57% a necessidade de agentes redutores de ácido úrico — comum em pacientes com insuficiência cardíaca — e em 46% no uso específico de colchicina.
Saiba mais sobre o JAMA.
4º lugar
"BMJ: spray nasal de cetamina mostra eficácia no tratamento da cefaleia refratária"
Imagem: Canva / Dot.Lib.
Um artigo publicado no Regional Anesthesia & Pain Medicine, um periódico do BMJ, analisou o uso da cetamina em spray nasal como tratamento para cefaleia crônica resistente a analgésicos comuns, ou cefaleia refratária. Foram analisados 169 pacientes com dor de cabeça crônica. Destes, cerca de 49% consideraram o spray muito eficaz, mas 74% relataram efeitos colaterais, como fadiga e visão embaçada.
Embora a cetamina tenha mostrado benefícios, os pesquisadores ressaltam a importância da supervisão médica devido aos possíveis efeitos colaterais e recomendam seu uso apenas para pacientes com deficiência significativa em enxaqueca.
Saiba mais sobre o BMJ.
3º lugar
"JAMA: citisiniclina se mostra eficaz contra o tabagismo em estudo de grande escala nos EUA"
Imagem: Canva / Dot.Lib.
Um ensaio clínico nos Estados Unidos revelou a eficácia e a boa tolerância da citisiniclina, um alcaloide natural para cessação do tabagismo em adultos dependentes de nicotina. Publicado no JAMA Network, o estudo envolveu 810 voluntários divididos em grupos de tratamento de 6 e 12 semanas com citisiniclina, comparados com um grupo placebo. Os pacientes tratados com a substância apresentaram significativas taxas de abstinência do tabaco.
Ainda, foi observado um aumento na abstinência contínua por 6 meses em ambos os grupos de tratamento. A citisiniclina atua seletivamente nos receptores nicotínicos do cérebro, reduzindo o desejo de fumar e sintomas de abstinência. Efeitos colaterais leves, como náuseas e insônia, foram registrados com baixa incidência, sem eventos adversos graves relacionados ao uso do medicamento.
2º lugar
"Wiley: composto ativo de cogumelo comestível pode regenerar neurônios e melhorar a memória"
Imagem: Canva / Dot.Lib.
Cientistas da Universidade de Queensland descobriram que um composto ativo do cogumelo Hericium erinaceus, conhecido como juba de leão, pode regenerar neurônios e melhorar a memória. Publicado no Journal of Neurochemistry, uma revista científica da Wiley, o artigo revelou que a isoindolina, encontrada no cogumelo, junto com o derivado hericene A., promoveu o crescimento de axônios e neuritos em neurônios do hipocampo.
O cogumelo é utilizado na medicina tradicional chinesa, mas essa pesquisa é a primeira a destacar seus efeitos neuroquímicos. Os cientistas buscam bioativos naturais para regular o crescimento neuronal e potencialmente prevenir ou tratar distúrbios neurodegenerativos, como as Doenças de Alzheimer e Parkinson.
Saiba mais sobre a Wiley.
1º lugar
"CSHL: cientistas revivem vírus de 48 mil anos que estava congelado no permafrost da Sibéria"
Imagem: Canva / Dot.Lib.
E o primeiro lugar no Top 5 das notícias mais lidas ficou com um tema inusitado: a recuperação de um vírus de 48 mil anos que estava preso no permafrost na Sibéria, Rússia. Os cientistas encontraram um pandoravírus, o maior e mais antigo vírus entre nove tipos coletados na região, com a capacidade de infectar amebas e outros microrganismos unicelulares; entretanto, não demonstrou ser prejudicial aos humanos nos testes laboratoriais realizados pelo Cold Spring Harbor Laboratory.
A preocupação dos pesquisadores reside na possibilidade de atividades humanas — como mineração — e o derretimento do permafrost devido às mudanças climáticas liberarem bactérias e vírus antigos que poderiam representar riscos desconhecidos para a humanidade. Apesar de relatos sobre organismos ainda mais antigos, o perfil genético deste pandoravírus difere de todos os outros conhecidos até então, sugerindo que sua composição original permaneceu intacta ao longo do tempo.
Saiba mais sobre o Cold Spring Harbor Laboratory.
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