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Saiba para quê serve, como funciona e como é utilizado o paracetamol e entenda como o Cognys Meds pode te ajudar na prescrição dele (imagem: Canva). Saiba para quê serve, como funciona e como é utilizado o paracetamol e entenda como o Cognys Meds pode te ajudar na prescrição dele (imagem: Canva).
Uso do paracetamol na prática clínica
  • Artigo
  • Ciências da Saúde, Dotlib
  • 01/09/2023
  • Cognys Meds, DotLib, Farmácia clínica, Medicamentos, Paracetamol

O paracetamol é um dos medicamentos mais conhecidos e utilizados do mundo, sendo uma referência no tratamento de dores crônicas e agudas. Embora seu uso seja amplo e bastante conhecido entre qualquer profissional, um bom farmacêutico clínico tem que estar atento a todos os detalhes relacionados ao seu uso.

Assim sendo, a DotLib preparou esse conteúdo destrinchando ponto a ponto o uso do paracetamol na Farmácia Clínica. A seguir, as indicações mais comuns, os mecanismos de ação, além dos efeitos adversos e demais advertências em relação a este medicamento. Saiba também como ocorre sua prescrição prática, da administração até a comunicação com paciente e o monitoramento adequado.

Farmacologia clínica do paracetamol

Paracetamol: fórmula química do paracetamol

Fórmula química do paracetamol (imagem: Canva).

Indicações

O paracetamol é um dos medicamentos mais indicados contra a dor crônica e aguda, sendo considerado um analgésico de primeira linha e servindo como base do tratamento na escada analgésica da Organização Mundial da Saúde (OMS), seguido por opioides fracos e depois fortes. Além disso, o paracetamol é um antipirético capaz de reduzir a febre e sintomas associados a ela, como calafrios.

Mecanismos de ação

No que diz respeito aos mecanismos de ação, o paracetamol não tem um perfil totalmente compreendido. O que se sabe é que o fármaco é um inibidor fraco da ciclo-oxigenase (COX), uma enzima envolvida no metabolismo de prostaglandinas. Com isso, a inibição da COX no sistema nervoso central parece aumentar o limiar de dor, reduzindo as concentrações de prostaglandina (PGE2) na região termorreguladora do hipotálamo, controlando a febre.

Embora o paracetamol tenha uma seletividade pela COX-2 (isoforma induzida na inflamação) e nem tanto pela COX-1 (isoforma que protege a mucosa gástrica e regula o fluxo sanguíneo renal e a coagulação), é considerado um anti-inflamatório fraco. Isso porque suas ações são inibidas em lesões inflamatórias com a presença de peróxidos.

Efeitos adversos consideráveis

Quando utilizado em doses terapêuticas, o paracetamol é considerado um fármaco bastante seguro, com poucos efeitos adversos. A ausência de inibição da COX-1 não permite que o paracetamol cause ulceração péptica ou insuficiência renal ou precipita eventos cardiovasculares (diferente dos anti-inflamatórios não esteroides, ou AINEs). Sua segurança, inclusive, é o principal fator para que ele seja a escolha mais popular como analgésico de primeira linha.

Ainda assim, é importante que o farmacêutico esteja atento aos efeitos adversos mais importantes causados pelo medicamento, como a falência hepática causada por overdose. Ele é metabolizado pelas enzimas do citocromo P450 em um metabólito tóxico (N-acetil-p-benzoquinona imina, ou NAPQI) — conjugado com glutationa antes de ser eliminado. Portanto, em casos de overdose, essa via de eliminação é saturada e a acumulação de NAPQI causa necrose hepatocelular. A hepatotoxicidade é prevenível por meio do tratamento com acetilcisteína.

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Advertências

O paracetamol possui uma grande advertência, que se mostra particularmente importante quando o medicamento é aplicado via infusão intravenosa. A dose deve ser reduzida em pessoas com risco elevado de toxicidade hepática, tanto por causa do aumento da produção de NAPQI quanto pelo estoque baixo de glutationa.

Como exemplos do primeiro caso (elevada produção de NAPQI), podemos citar o uso excessivo crônico de álcool, que induz enzimas metabolizadoras. Já no segundo caso (estoque reduzido de glutationa), podemos citar a má nutrição, peso corporal reduzido, especialmente abaixo de 50kg, e insuficiência hepática grave.

Interações medicamentosas

Um outro fator importante sempre presente na farmacologia clínica é observar e entender as interações medicamentosas mais importantes. No caso do paracetamol, existem poucas interações clinicamente significativas entre ele e outros medicamentos. Mas é necessário se atentar aos indutores do citocromo P450, como fenitoína e carbamazepina, que aumentam a produção de NAPQI e o risco de toxicidade hepática após uma overdose de paracetamol.

Prescrição prática do paracetamol

Paracetamol: médico prescrevendo um medicamento

Imagem: Canva.

O paracetamol é um medicamento que pode ser vendido sob prescrição, mas que também pode ser adquirido em qualquer loja. Serve tanto para uso regular quanto para administração conforme necessidade, dependendo do tipo de dor relatada pelo paciente.

Nos casos de dificuldades no uso oral, existem as versões administradas por infusão intravenosa (IV) ou retal. Independente da via, a dose padrão de adulto é de 0,5 g a 1 g a cada 4 ou 6 horas, com um máximo permitido de 4 g por dia. É válido ressaltar que a dose diária máxima deve ser sempre explicitada.

Administração

Para o uso fora do ambiente hospitalar, o paracetamol está disponível em cinco formas diferentes: comprimidos, comprimidos revestidos ou solúveis, cápsulas e suspensão oral. Já a versão intravenosa é reservada para uso em ambiente hospitalar e deve ser pré-preparada como uma solução infundida não diluída por 15 minutos. Também pode ser diluída em cloreto de sódio 0,9% ou, ainda, em solução de glicose 5% antes de sua administração.

Comunicação

O papel do farmacêutico clínico vai além da administração da terapia medicamentosa. O profissional deve explicar ao paciente o porquê do uso do medicamento, como ele deve ser utilizado e o que pode ocorrer durante o uso. Por isso, na Farmácia Clínica, é fundamental saber como comunicar a sua prescrição.

No caso do paracetamol, é sempre importante deixar claro que a prescrição é para reduzir ou aliviar a dor e que os efeitos do medicamento devem ser notados a partir de 30 minutos após a sua administração. Quando se tratar de uso regular, ressalte a importância de tomá-lo nas vezes ao dia que foram determinadas pela equipe de saúde, sempre respeitando os horários.

Um alerta importante é sobre a dose máxima diária e a importância de respeitar esse limite por conta do risco de intoxicação hepática. Por fim, uma outra dica valiosa é informar que vários medicamentos regularmente vendidos em farmácias contêm paracetamol. Em caso de dúvidas, as mesmas devem ser esclarecidas com o farmacêutico responsável.

Monitoramento

No caso do paracetamol, o monitoramento é parte importante de um tratamento seguro e eficaz da dor. Para medir a eficácia do controle da dor, é possível estabelecer uma investigação sobre os sintomas ou usar uma escala de dor, como a escala visual análoga. Em caso de dores agudas, revise a resposta ao paracetamol em 1 a 2 horas após a dose oral.

Nos casos de dores crônicas, agende uma revisão para avaliar uma possível redução ou aumento da escada analgésica. Quando há overdose, os testes sanguíneos — entre os quais estão a razão normalizada internacional e a atividade sérica da alanina aminotransferase — são requeridos. Estes, por sua vez, servem para estabelecer a eficácia do tratamento com acetilcisteína e calcular a necessidade de tratamento adicional.

Um aliado para os farmacêuticos

Paracetamol: logo do Cognys Meds com tecnologia Micromedex Merative

Imagem: Cognys Meds / Dot.Lib / Micromedex Merative.

Para automatizar e facilitar o processo de análise de interações medicamentosas com agilidade, eficiência e segurança para a prática clínica farmacológica, o Cognys Meds conta com uma ferramenta exclusiva de Interação Medicamentosa. Por ela, o profissional é alertado sobre possíveis conflitos e riscos com interações entre fármacos presentes na sua Lista de Medicamentos do Paciente (LIMPA), outra funcionalidade do Cognys Meds.

Já o Bulário Cognys dá acesso às bulas dos medicamentos, que são constantemente atualizadas com base no acervo de bulas da Anvisa. Por ele, é possível verificar informações como o nome comercial do medicamento, a data da última atualização sobre a respectiva bula, seu princípio ativo e o fabricante. Por último e não menos importante, há também o Dose Minmax: uma ferramenta que fornece ao profissional de saúde as faixas de dosagem mais comuns com informações relevantes e baseadas em evidências para otimizar a tomada de decisões e as ações clínicas.

Os recursos disponíveis no Cognys Meds otimizam o tempo e a produtividade do profissional, além de proporcionar mais segurança ao paciente. Os benefícios do produto, que conta com a tecnologia da Merative Micromedex, impactam direta e positivamente a qualidade do atendimento e a performance do farmacêutico e equipe médica em atuação.

Veja, a seguir, os primeiros passos para o uso dessa que é a solução perfeita não só para farmacêuticos, mas também para médicos, enfermeiros e demais profissionais e pesquisadores da Saúde.

Caso queira conhecer essas e outras muitas ferramentas que o Cognys Meds possui ou deseja incorporá-lo em sua instituição, entre em contato conosco pelo info@dotlib.com ou preencha o formulário. Para mais dicas e conteúdos como esse, siga-nos nas redes sociais, acompanhe o nosso blog e inscreva-se no canal oficial da Dot.Lib no YouTube, a Dotlib TV

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