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Conheça o modo de ação e utilização do medicamento e entenda como o DoseMeRx pode ajudar em sua prescrição (imagem: Canva). Conheça o modo de ação e utilização do medicamento e entenda como o DoseMeRx pode ajudar em sua prescrição (imagem: Canva).
Uso da acetilcisteína na Farmácia Clínica
  • Artigo
  • Ciências da Saúde
  • 01/12/2023
  • Acetilcisteína, DoseMeRx, DotLib, Farmácia clínica

A pandemia de COVID-19 foi responsável por intensificar doenças respiratórias preexistentes e trouxe sequelas para grande parte dos impactados pela doença. Os primeiros sintomas relacionados à doença foram tosse seca, febre, dor no peito, falta de ar, entre outros. No entanto, conforme surgiam novas cepas, o vírus passou por modificações e seus sintomas também, a ponto de não ser possível diferenciá-lo de um simples resfriado, de uma gripe ou de uma doença causada pelo novo coronavírus.

Com isso, muitas pessoas começaram a buscar remédios para tratar os seus sintomas, sejam eles de resfriado, gripe ou COVID-19, causando o esgotamento nos estoques das farmácias. Um dos fármacos mais procurados à época, com foco na tosse produtiva, foi a acetilcisteína. Além de ser acessível e estar disponível como genérico de custo relativamente baixo, o medicamento tem também outras funções importantes no âmbito da Farmácia Clínica.

Pensando nisso, a Dot.Lib preparou esse conteúdo destrinchando, ponto a ponto, o uso da acetilcisteína na Farmácia Clínica. A seguir, confira as indicações mais comuns, os mecanismos de ação, além dos efeitos adversos e demais advertências e pontos de atenção relacionados a este remédio. Fique até o fim e conheça uma ferramenta muito útil na prescrição e administração deste e de outros medicamentos.

Farmacologia clínica da acetilcisteína

Acetilcisteína: fórmula e estrutura químicas da acetilcisteína

Imagem: Canva.

Indicações

A acetilcisteína ou N-acetilcisteína é comumente utilizada para fluidificar secreções respiratórias, atuando como um mucolítico e expectorante. Embora essa seja a utilização mais comum do medicamento, ele pode ser também utilizado na prevenção de danos renais causados pelo contraste radiográfico, conhecido como nefropatia por contraste. Além disso, o fármaco tem importante atuação como antídoto para casos de intoxicação por paracetamol.

Ferramentas de ação

No que tange aos mecanismos de ação, a acetilcisteína possui efeito antioxidante, auxiliando na prevenção da já citada nefropatia por contraste. Quando em contato com secreções respiratórias o medicamento ajuda na limpeza da secreção e possibilita que ela se liquefaça.

Quando utilizado em doses terapêuticas, o paracetamol é metabolizado e parte dele é convertido para N-acetil-p-benzoquinona (NAPQI), que causa danos ao fígado. No caso de intoxicação pelo medicamento, essa substância que seria detoxificada rapidamente devido à sua conjugação com a glutationa, fica livre para causar a intoxicação hepática. Assim sendo, a acetilcisteína é utilizada para restabelecer as reservas de glutationa do organismo.

Efeitos adversos consideráveis

Quando utilizada em caso de intoxicação por paracetamol, a administração da acetilcisteína em altas doses pode causar uma reação anafilactoide. Essa reação se assemelha a uma reação anafilática, que está associada a sintomas como taquicardia, enjoo, erupções cutâneas e chiados, com o diferencial de que apresenta liberação de histamina.

Após a reação ter se resolvido com auxílio de um anti-histamínico, torna-se seguro seguir com a administração de acetilcisteína, mas de forma mais lenta que a inicial. É importante ressaltar que, em casos de nebulização como mucolítico, sua administração pode resultar em broncoespasmos, sendo evitados com um broncodilatador previamente administrado.

Advertências

Quando o paciente apresenta histórico de reações anafilactoides à acetilcisteína, seu uso futuro não se torna inviável em caso de necessidade. Isso significa que essas reações não devem ser consideradas como alérgicas, uma vez que ser considerá-las desta forma pode impedir seu uso para casos de intoxicação por paracetamol, impossibilitando um tratamento eficaz com o medicamento.

Em casos específicos, são necessários aconselhamentos acerca de sua utilização para que sejam evitadas quaisquer complicações.

Interações medicamentosas

Não são observadas interações medicamentosas adversas significativas na utilização da acetilcisteína.

Pontos importantes para a prescrição da acetilcisteína

Acetilcisteína: médico preenchendo um formulário de prescrição medicamentosa

Imagem: Canva.

Casos 

Intoxicação por paracetamol: as doses são ajustadas de acordo com o peso por meio de infusão intravenosa. Deve-se consultar o British National Formulary (BNF) ou protocolos locais para garantir mais detalhes para sua utilização.

Nefropatia por contraste: para atuar em sua profilaxia, devem ser analisadas as diretrizes locais. Usualmente, a dose é de 600 a 1.200 miligramas por via oral a cada 12 horas durante dois dias. No entanto, o tratamento deve necessariamente ter início no dia que antecede o procedimento.

Secreções respiratórias persistentes: é recomendada a dosagem de 2,5 a 5 miligramas da acetilcisteína (solução) 10% a cada 6 horas, consultando as diretrizes de protocolos locais.

Administração

No caso da administração de acetilcisteína por conta de intoxicação por paracetamol, são observadas as instruções específicas para sua administração na bula física do remédio ou online no Bulário Cognys. A ferramenta permite que você fique por dentro de todas as informações mais relevantes sobre medicamentos.

Já no caso de sua utilização como um mucolítico, deve-se diluir 20% da solução intravenosa em 10% de solução antes de sua administração.

Comunicação

O paciente deve sempre ser informado sobre o tratamento como um antídoto para o subproduto tóxico gerado pelo paracetamol. Sua administração será realizada por meio de gotejamento, de forma lenta, por até 21 horas. Caso a administração da acetilcisteína seja realizada nas primeiras 8 horas subsequentes à superdosagem, o paciente deve ser informado de que será um tratamento muito eficaz para evitar lesões graves ao fígado.

Deve-se enfatizar a importância de dar continuidade ao tratamento de forma correta, sem interrupções, mesmo que seja cansativo estar 8 horas conectado à medicação. Também é importante informar que efeitos colaterais como náuseas, erupções cutâneas ou estertor (ou respiração ruidosa) podem ocorrer e devem ser informadas à equipe para que novas alternativas sejam definidas.

Monitoramento

Em relação aos pacientes que são tratados para a intoxicação por paracetamol, é fundamental que o monitoramento avalie sinais de reações anafilactoides, tanto no início quanto no término da administração da acetilcisteína. Entre os sinais a serem acompanhados estão: as concentrações de creatina, atividade sérica da alanina aminotransferase (ALT) e a razão normalizada internacional (INR).

Um aliado na prescrição e administração da acetilcisteína

Tanto a segurança do paciente quanto a eficácia do tratamento dependem de decisões assertivas que, muitas vezes, são feitas sob pressão. E os avanços científicos e tecnológicos têm se mostrado aliados na otimização do tempo e de recursos materiais e humanos em diversos setores da sociedade, entre os quais está a saúde.

Os últimos eventos globais de saúde aceleraram a adoção de tecnologias que automatizam as tarefas do dia a dia, dando aos profissionais da saúde mais tempo para que se dediquem a um atendimento personalizado e centrado no paciente. Uma dessas tecnologias é a ferramenta de dosagem de precisão DoseMeRx, que tem sido um aliado do atendimento clínico mundo afora.

Acetilcisteína: logo do DoseMe

Imagem: DoseMeRx / Dot.Lib.

Por meio da abordagem Bayesiana, o DoseMeRx auxilia médicos e farmacêuticos a calcular a dosagem adequada de medicamentos. Isso torna as operações mais eficientes, reduzindo os eventos adversos, além de diminuir os custos envolvidos e aprimorar o resultado do paciente. Outros benefícios incluem a diminuição parcial dos efeitos colaterais de alguns tratamentos, do tempo de permanência hospitalar e ajuda no aumento de sobrevida de pacientes.

A ferramenta também permite a customização fácil e rápida para diversos alvos terapêuticos; identifica e minimiza os riscos em potencial das toxicidades relacionadas ao medicamento por meio de algoritmos; tem integração com prontuários eletrônicos, entre outros recursos. 

Para saber mais sobre o DoseMeRx para a sua instituição e solicitar um teste gratuito da solução, entre em contato conosco pelo e-mail info@dotlib.com ou preencha o formulário clicando aqui. Para mais conteúdos como esse, acompanhe nosso blog e siga-nos em nossas redes sociais e inscreva-se no Dotlib TV, o canal oficial da Dot.Lib no YouTube!

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