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Fique por dentro das tendências que devem moldar o futuro da Saúde a partir de 2024 (imagem: Canva). Fique por dentro das tendências que devem moldar o futuro da Saúde a partir de 2024 (imagem: Canva).
Inovações e desafios para a Saúde em 2024
  • Artigo
  • Ciências da Saúde
  • 12/01/2024
  • 2024, Desafios, DotLib, Health Affairs, Inovações, Saúde

A Saúde é um campo dinâmico e em constante evolução, impulsionado por avanços tecnológicos, descobertas científicas e mudanças nas necessidades e demandas da sociedade. À medida que as tecnologias continuam a moldar os cuidados com a saúde, é fundamental enfrentar as preocupações éticas, garantir a acessibilidade e priorizar o bem-estar geral da população.

O ano de 2024 promete trazer uma série de inovações e desafios na Medicina, Farmácia e Enfermagem, moldando significativamente a forma como cuidamos da nossa saúde e lidamos com questões emergentes. Sendo assim, é crucial que essas questões sejam abordadas de forma responsável e colaborativa para criar um sistema de saúde mais resiliente e inclusivo para todos.

Neste artigo, exploraremos algumas das inovações mais marcantes e preocupações prementes que têm o potencial de impactar a Saúde Pública e privada ainda neste ano. Confira!

Inovações

Telemedicina aprimorada

Médica sorrindo e acenando em atendimento virtual de um paciente por meio de um tablet.

Imagem: Canva.

A telemedicina, já em ascensão nos últimos anos, tornou-se ainda mais proeminente em 2024. A pandemia de COVID-19 acelerou a adoção dessa prática, permitindo consultas médicas virtuais, monitoramento remoto de pacientes e acesso a cuidados de saúde sem a necessidade de visitas presenciais. A ampliação da infraestrutura digital, o desenvolvimento de aplicativos de saúde e dispositivos médicos conectados estão revolucionando a forma como pacientes e profissionais de saúde interagem.

Com a telemedicina, as tecnologias de acompanhamento à distância da saúde do paciente também evoluíram. Um exemplo disso são os chamados wearables — relógios, pulseiras e outros dispositivos que, ao longo do uso, fornecem dados sobre a saúde do paciente, como frequência cardíaca, níveis de pressão sanguínea e de estresse, e ainda são capazes de medirem até mesmo a qualidade do sono.

Por sua vez, esses dados ficam armazenados nos prontuários de saúde eletrônicos, que facilitam o acesso dos profissionais da saúde às informações médicas do paciente em tempo real, aprimorando a tomada de decisão no diagnóstico e tratamento. Além disso, esses registros eletrônicos permitem compartilhamento contínuo dos dados entre instituições de saúde nas quais o paciente foi ou será atendido futuramente.

Por último, e não menos importante, os prontuários de saúde eletrônicos também permitem a integração de uma série de recursos que auxiliam na correta avaliação do quadro do paciente, sempre prezando por sua segurança e pela eficácia do tratamento. O Cognys Meds, com tecnologia Micromedex, possui uma série de ferramentas que podem ser integradas aos prontuários eletrônicos e que otimizam o dia-a-dia dos profissionais da Saúde, como a Lista de Medicamentos do Paciente (LIMPA), o Dose MinMax, Interação Medicamentosa e outros mais.  

Inteligência Artificial (IA) e aprendizado de máquina na Medicina

Homem com as palmas das mãos viradas para cima segurando um chip com um símbolo de um cérebro desenhado, representando a inteligência artificial

Imagem: Canva.

Os avanços em Inteligência Artificial e aprendizado de máquina têm transformado a prática médica. Desde diagnósticos mais precisos até a personalização dos tratamentos, a IA tem demonstrado um potencial imenso na interpretação de dados médicos complexos, acelerando processos e ajudando na tomada de decisões clínicas mais informadas. Algoritmos estão sendo desenvolvidos para prever doenças, identificar padrões em grandes conjuntos de dados e otimizar os cuidados de saúde.

Uma pesquisa publicada em 2023 pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e pela Associação Brasileira de Startups de Saúde (ABSS) mostrou que 62,5% das instituições de Saúde utilizam a Inteligência Artificial de algum modo, sendo a maioria deles em chatbots, mas também com aplicação na segurança da informação, apoio à decisão clínica e análise de imagens médicas. Ainda, mais da metade das instituições avaliadas investiu nesta tecnologia visando melhorias e resolução de problemas, com 51% afirmando que obteve resultados práticos benéficos.

Genômica e Medicina Personalizada

Cientista segurando um tubo de ensaio com um símbolo do DNA humano ao fundo.

Imagem: Canva.

A Genômica está desempenhando um papel crucial na revolução da Medicina personalizada. Com o desenvolvimento da técnica Crispr/Cas9 — também conhecida como “editor de DNA” — e os avanços subsequentes na sequenciação genômica e na compreensão das bases genéticas das doenças, os tratamentos estão cada vez mais direcionados e eficazes. A capacidade de analisar o perfil genético de um indivíduo abre portas para terapias específicas e personalizadas, além de prevenção de doenças com base nas predisposições genéticas.

Um exemplo do que a combinação de Genômica e Medicina Personalizada podem proporcionar é o tratamento para a Atrofia Muscular Espinhal (AME). A doença parte da ausência ou de uma anomalia no SMN1 — gene responsável pela produção da proteína que mantém a sobrevivência dos neurônios motores — causando a morte desses neurônios. A AME acaba por atrofiar e degenerar os músculos do corpo, dificultando movimentos básicos e até mesmo a deglutição e a respiração. Apesar de rara, a doença é a principal causa de mortes infantis por doenças genéticas.

No entanto, a terapia gênica direcionada para a AME já existe: onasemnogene abeparvovec-xioi, mais conhecido como Zolgensma. Indicado para crianças com menos de 2 anos e com a AME, o medicamento é aplicado por infusão intravenosa e atua fornecendo uma cópia do gene SMN. Apesar de ser um dos fármacos mais caros do mundo, o Zolgensma já está incluso no rol de medicamentos e procedimentos com cobertura dos planos de saúde no Brasil.

Desafios

Preocupações éticas e de privacidade na Saúde Digital

Pessoa usando um notebook e símbolos de cadeados sobrepostos a imagem, simbolizando segurança e privacidade.

Imagem: Canva.

Embora as inovações tecnológicas tragam benefícios inegáveis, surgem preocupações éticas e de privacidade. O uso de dados médicos sensíveis, a segurança das informações de saúde e questões relacionadas à responsabilidade e à transparência no uso de algoritmos são temas cruciais que demandam regulamentações robustas e políticas adequadas para proteger os direitos dos pacientes.

Para se ter uma ideia, o levantamento "Saúde do Brasileiro 2023" realizado pela Hibou — empresa de pesquisa e insights de mercado e consumo — revelou que 10% dos pacientes se preocupam com o sigilo dos dados médicos e demais informações pessoais repassadas no atendimento digital. Por esses e outros motivos, a telemedicina continua a ser um tabu no país, onde 48% ainda preferem ligar ou ir presencialmente ao consultório e apenas 15% são adeptos da consulta online.

Acesso equitativo aos cuidados de Saúde

Pessoas dos mais diversos tipos e aparências em uma fila esperando atendimento.

Imagem: Canva.

A disparidade no acesso aos cuidados de saúde é uma preocupação persistente e, de certo modo, está relacionada com o desafio citado acima. Isso porque os gestores de saúde também dependem de dados epidemiológicos atualizados e em tempo real para um gerenciamento otimizado dos recursos médicos e farmacêuticos. Já da perspectiva populacional, o acesso aos serviços de saúde de qualidade diminui a prevalência de doenças e aumenta a expectativa de vida.

No entanto, uma pesquisa publicada em 2023 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) — que levou em conta as questões étnico-raciais, socioeconômicas e geográficas — mostrou que o acesso da população negra e de baixa renda aos estabelecimentos de saúde de atenção básica melhorou. Os motivos citados incluem “maior capilaridade na distribuição espacial desses serviços” e investimentos realizados nos últimos anos. Por outro lado, essa mesma população ainda enfrenta dificuldades para usufruir dos serviços médicos de alta complexidade.

Além dos reflexos do racismo e da desigualdade de renda que afastam essas pessoas de um atendimento médico de qualidade, o estudo também apontou a precariedade e/ou ausência de transportes que levem as comunidades mais carentes às instituições de saúde. Outras barreiras de acesso incluem: disponibilidade de profissionais de saúde, medicamentos, segurança pública, qualidade de atendimento etc..

Desafios da saúde mental e bem-estar

Homem com as mãos na cabeça e desenhos sobre a sua cabeça simbolizando seus pensamentos e sua mente.

Imagem: Canva.

Em 2024, a saúde mental continua sendo uma preocupação global, especialmente após períodos de crise como a pandemia de COVID-19. Além disso, as pressões sociais impostas nas diferentes fases da vida e cada vez mais crescentes podem colocar em xeque o bem-estar emocional das pessoas, com impactos na saúde como um todo.

Publicado em julho de 2023 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostrou que o número de suicídios no Brasil cresceu 11,8% em 2022 na comparação com 2021. Em 2022, foram 16.262 registros, uma média de 44 por dia; em 2021, foram 14.445, com média de 39 por dia. 

Especialistas atribuem parte significativa desses números aos efeitos da pandemia que, além da emergência sanitária em si, também precarizou as relações de trabalho e gerou desemprego, com consequências vistas até hoje. Além das campanhas de conscientização, como o Setembro Amarelo, a prevenção pode ser realizada de várias formas e deve contar com iniciativas público-privadas para isso. 

Algumas das alternativas incluem:

- Investimentos em organizações e em programas voltados à saúde mental para torná-los mais acessíveis à população (especialmente as de baixa-renda e marginalizadas);

- Integração de serviços de saúde mental aos sistemas de saúde primária para facilitar o diagnóstico precoce, o tratamento e o acompanhamento contínuo;

- Desenvolvimento de aplicativos e outras tecnologias que viabilizem o acesso remoto aos terapeutas;

- Políticas de bem-estar no local de trabalho que promovam ambientes de trabalho saudáveis, incluindo licenças para saúde mental, programas de apoio aos funcionários e redução do estigma relacionado ao adoecimento psicológico.

Sobre a Health Affairs

Logo da editora Health Affairs.

Imagem: Health Affairs / Dot.Lib.

Fundada em 1981, a Health Affairs é um dos periódicos mais importantes nas temáticas de pensamento e pesquisa sobre políticas de Saúde. Descrita pelo Washington Post como “a bíblia da política de saúde”, a Health Affairs tem por missão atuar como um fórum apartidário e de alto nível para promover a análise e a discussão sobre a melhoria dos sistemas de Saúde e de assistência médica, além de abordar questões como custo, qualidade e acesso.

O periódico atinge um público amplo que inclui: líderes governamentais e da indústria da Saúde, acadêmicos e profissionais da área de todo o mundo, ativistas, entre outros. De acordo com o Journal Citation Reports (JCR), é a publicação número 1 na categoria “Políticas e Serviços de Saúde” — à frente de outras 86 publicações — e número 2 na categoria “Ciências e Serviços de Saúde” em um campo com mais de 100 publicações.

Com fator de impacto 9.700 (dado de 2022), a Health Affairs publica cerca de 300 artigos e 2.300 páginas por ano, com mais de 1700 artigos e demais conteúdos científicos enviados neste período. Seu site oficial já registrou mais de 9,4 milhões de visitas, com mais de 4 milhões de downloads dos conteúdos nele publicados.

Caso queira conhecer o portfólio da Health Affairs e/ou deseja incorporá-lo em sua instituição, entre em contato conosco pelo info@dotlib.com ou preencha o formulário para entrar em contato com um de nossos representantes. Para mais dicas e conteúdos como esse, siga-nos nas redes sociais, acompanhe o nosso blog e inscreva-se no canal oficial da Dot.Lib no YouTube, a Dotlib TV.

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