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Conheça cinco sinais relacionados ao suicídio e as melhores intervenções psicológicas para a prevenção contra o ato (imagem: Canva). Conheça cinco sinais relacionados ao suicídio e as melhores intervenções psicológicas para a prevenção contra o ato (imagem: Canva).
Setembro Amarelo: ideação suicida e abordagens terapêuticas
  • Artigo
  • Ciências da Saúde, Ciências Sociais Aplicadas
  • 22/09/2023
  • American Psychological Association, DotLib, Ideação suicida, Psicologia, Saúde mental, Setembro Amarelo, Terapia

A ideação suicida é um tema de extrema importância e sensibilidade e que exige uma compreensão profunda para identificar sinais precoces e oferecer apoio adequado. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2019 foram registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo; considerando a subnotificação, estima-se que o número de casos chegue a mais de 1 milhão por ano. No Brasil, a média é de 38 pessoas que comentem suicídio por dia, cerca de 14 mil por ano.  

Em apoio ao “Setembro Amarelo” — campanha que desde 2014 se dedica à prevenção ao suicídio e conscientiza sobre o valor inestimável da vida — a equipe Dot.Lib preparou este artigo. Nele, exploraremos os sinais de ideação suicida e os diferentes tipos de intervenções terapêuticas sob os prismas da Psicologia e Psicanálise. Mas antes de tudo, é necessário entender...

O que é ideação suicida

A ideação suicida é o termo usado para descrever pensamentos recorrentes ou obsessivos sobre a própria morte, incluindo planos ou intenções de cometer suicídio. É crucial distinguir entre pensamentos passageiros de suicídio e ideação suicida persistente, pois essa última pode ser um sinal de alerta para um problema sério de saúde mental.

Sinais de atenção

Setembro amarelo: foto em preto e branco dos olhos de um homem triste

Imagem: Canva.

Identificar os sinais de ideação suicida é fundamental para oferecer ajuda apropriada. Alguns dos mais comuns incluem:

Expressão verbal direta

Quando alguém menciona explicitamente pensamentos suicidas, deve ser levado a sério. Frases como “eu quero morrer” ou “a vida não tem sentido” devem acender um alerta, ainda mais se forem frequentes.

Mudanças de comportamento

Alterações significativas no comportamento de alguém podem ser indicativos de ideação suicida. Isolamento social, negligência com a higiene pessoal, abuso de substâncias ou falta de interesse em atividades antes apreciadas são alguns exemplos de sinais.

Preparativos para o suicídio

Se alguém começa a fazer preparativos concretos para o suicídio, como adquirir meios a autolesão, isso é um sinal grave que requer intervenção imediata.

Expressão de desesperança

Pessoas com ideação suicida frequentemente expressam um sentimento profundo de desesperança em relação ao futuro. Isso pode ser manifestado por frases como “não vejo saída” ou “nada vai melhorar”.

Distúrbios mentais diagnosticados

Pessoas com distúrbios de saúde mental, como depressão, transtorno bipolar, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) ou esquizofrenia, têm um risco aumentado de ideação suicida. Monitorar seus sintomas e tratamento é essencial.

Abordagens terapêuticas

Setembro amarelo: mãos sobrepostas em sinal de união e apoio

Imagem: Canva.

Para pessoas que têm ideações suicidas, a escolha da terapia mais adequada pode variar dependendo das circunstâncias individuais e das necessidades específicas do paciente. No entanto, algumas terapias têm se mostrado eficazes no tratamento de ideações suicidas e transtornos mentais associados. É importante notar que a terapia deve ser personalizada para atender às necessidades de cada pessoa.

Aqui estão algumas das terapias mais comumente recomendadas:

1) Terapia cognitivo-comportamental (TCC)

A TCC é frequentemente considerada uma das terapias mais eficazes para lidar com ideações suicidas. Ela se concentra em identificar e modificar padrões de pensamento negativos e distorcidos, ajudando o paciente a desenvolver estratégias para enfrentar situações desafiadoras e crises emocionais.

2) Terapia dialética comportamental (TDC)

A TDC foi desenvolvida especificamente para tratar transtorno de personalidade borderline, que muitas vezes está associado a ideações suicidas. Ela combina técnicas de aceitação e mudança, ensinando os pacientes a regularem suas emoções de maneira saudável.

3) Terapia interpessoal (TI)

A TI concentra-se nas relações interpessoais e na melhoria da comunicação. Ela ajuda os pacientes a construir conexões sociais mais saudáveis e a lidar com conflitos, reduzindo o isolamento que pode levar a ideações suicidas.

4) Terapia de aceitação e compromisso (ACT)

A ACT incentiva os pacientes a aceitar pensamentos e sentimentos indesejados, concentrando-se no compromisso com valores pessoais e metas de vida. Isso pode ajudar a criar um senso renovado de significado e propósito.

5) Terapia psicodinâmica

A terapia psicodinâmica é uma abordagem que examina as raízes profundas dos problemas emocionais e pode ajudar a identificar e abordar questões subjacentes que contribuem para ideações suicidas.

6) Terapia familiar e terapia de casal

Quando as dinâmicas familiares ou de relacionamento contribuem para o sofrimento emocional, a terapia familiar ou de casal pode ser benéfica para melhorar as relações e o apoio emocional.

7) Terapia de grupo

Participar de grupos terapêuticos específicos para pessoas com ideações suicidas pode oferecer um senso de pertencimento e compreensão, além de proporcionar um espaço seguro para compartilhar experiências e estratégias de enfrentamento.

É importante ressaltar que, em casos de ideações suicidas graves ou iminentes, a intervenção imediata de profissionais de saúde mental ou serviços de crise é essencial. Além disso, a combinação de terapia com medicação, quando indicada por um psiquiatra, pode ser uma abordagem eficaz para casos mais graves.

Um aliado para os profissionais da saúde mental

Os profissionais da saúde mental sabem que a informação científica de fonte confiável é crucial para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz, ainda mais em um contexto complexo como o da depressão e outras condições psíquicas. Desse modo, a Dot.Lib apresenta a APA PsycInfo, o índice de ciência psicológica da American Psychological Association (APA) e considerado o mais confiável do mundo há mais de 50 anos.

Setembro amarelo: logo da APA PsychInfo

Imagem: APA PsychInfo / American Psychological Association / Dot.Lib.

A ferramenta hospeda mais de cinco milhões de registros bibliográficos interdisciplinares que oferecem descobertas direcionadas em todo o espectro das ciências comportamentais e sociais no âmbito da Psicologia. A cobertura inclui temas como Inteligência Artificial, Negócios, Educação, Leis, Linguística, Medicina, Neurociência, Farmacologia, Ciência Política, Sociologia, Esportes, entre outros tópicos.

Na APA PsycInfo você encontra resumos de livros, revistas e dissertações do século XVI às mais atuais, todos apresentados por especialistas multidisciplinares que fornecem uma visão abrangente da evolução da Psicologia e podem auxiliar na sua pesquisa acadêmica.

Se você se interessou pela APA PsycInfo e quer saber mais sobre o portfólio da American Psychological Association (APA) para a sua instituição, entre em contato conosco pelo e-mail info@dotlib.com ou preencha o formulário clicando aqui.

Sobre o CVV

Setembro amarelo: logo do Centro de Valorização da Vida

Imagem: CVV / Reprodução internet.

Fundado em 1962, em São Paulo, o Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma organização filantrópica que oferece apoio emocional com foco na prevenção do suicídio. A entidade também ajudou a formular a Política Nacional de Prevenção do Suicídio, do Ministério da Saúde, com o qual mantém uma cooperação para implantação nacional de uma linha telefônica gratuita específica para prevenção ao suicídio, disponível desde 2018.

Os atendimentos do CVV são voluntários e gratuitos a todas as pessoas que querem ou necessitam conversar. Se você precisar de ajuda ou conhece alguém que precise, entre em contato a qualquer momento do dia e gratuitamente pelo telefone 188, ou pelo site www.cvv.org.br, seja por chat ou e-mail.

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