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Saiba mais sobre a história da campanha, além de dados sobre a influência da COVID-19 e redes sociais na mente e as abordagens terapêuticas dos diferentes profissionais da saúde mental. Saiba mais sobre a história da campanha, além de dados sobre a influência da COVID-19 e redes sociais na mente e as abordagens terapêuticas dos diferentes profissionais da saúde mental.
Setembro Amarelo: conheça a origem do mês da prevenção ao suicídio
  • Artigo
  • Ciências da Saúde, Ciências Sociais Aplicadas
  • 09/09/2022
  • DotLib, Saúde Mental

Uma das campanhas de maior alcance na prevenção ao suicídio no Brasil, o Setembro Amarelo nasceu em 2014 por meio da parceria entre a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Centro de Valorização da Vida (CVV). O nono mês do ano foi escolhido por já contemplar o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, lembrado no dia 10.

O amarelo — que na semiótica está associado aos sinais de alerta e, paradoxalmente, aos sentimentos de alegria e depressão em excesso — representa, neste contexto, uma iniciativa denominada “Yellow Ribbon” (ou “Fita Amarela”), criada pelo casal Dale e Darlene Emme em 1994, após o suicídio do filho Mike Emme aos 17 anos. O rapaz era conhecido por ser muito apegado ao seu Mustang 68, o qual ele restaurou e pintou de amarelo.

Em seu funeral, os pais de Mike colocaram à disposição uma cesta com fitinhas amarelas nas quais estava escrito “se você precisar, peça ajuda”. O ato tomou proporções tão grandiosas, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) elegeu o dia 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), cerca de 14 mil brasileiros morrem por suicídio anualmente e quase a totalidade dos casos tinham alguma relação com transtornos mentais. Além de trabalhar ativamente na prevenção, a campanha — cujo tema de 2022 é “A vida é a melhor escolha” — tem o objetivo de ajudar a população a desmistificar a cultura e o tabu em torno do tema, auxiliando também médicos e demais profissionais de saúde e educação a tratar e instruir seus pacientes e alunos, como informa o portal oficial da campanha.

Impacto da COVID-19 na saúde mental

Menina triste com um ursinho olhando pela janela

Imagem: Canva.

Além do medo da infecção causada pelo SARS-CoV-2, as mudanças radicais nas rotinas de bilhões de pessoas pelo mundo decorrentes das medidas de segurança sanitária — como o distanciamento e isolamento sociais — e a falta de perspectivas deixaram marcas profundas que ainda persistem, mesmo com a proteção vacinal e a volta à dita normalidade. Isso mostra que, quando se trata de saúde, não se deve negligenciar os fatores psicológicos, que junto à saúde física, são fundamentais para ter qualidade de vida.

Em fase uma fase crítica de desenvolvimento corpóreo e cognitivo, as crianças foram e ainda são o grupo que mais tem sequelas psicológicas da pandemia de COVID-19. Um mapeamento realizado em 2021 pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, em parceria com o Instituto Ayrton Senna, mostrou que 69% dos alunos da rede estadual de ensino relataram ter sintomas ligados à depressão e à ansiedade. Além disso, 5,7% dos estudantes afirmaram presenciar violência psicológica frequentemente; destes, 3,8% presenciaram violência física recorrente em casa.

O estado emocional dos mais jovens torna-se ainda mais preocupante: de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), atualmente, o suicídio é a quarta maior causa de mortes no mundo em pessoas de 15 a 29 anos, ficando atrás dos acidentes de trânsito, da tuberculose e da violência em geral, além de estar afrente de doenças como HIV, malária e câncer de mama, e até mesmo de guerras e homicídios

O isolamento social e o medo da contaminação fizeram com que a socialização e a busca por informações sobre a COVID-19 convergissem em peso para as redes sociais, conhecidas por serem, em certo nível, prejudiciais à saúde mental. De acordo com um estudo do JAMA Network Open realizado com mais de 8 mil voluntários, 482 deles relataram o surgimento dos sintomas de depressão após o uso constante desses aplicativos, com piora do quadro psíquico e ao longo da pesquisa. Entre as redes mais citadas como psicologicamente nocivas estão o Facebook, o Snapchat e o TikTok.

Apesar dos dados preocupantes, a Ciência tem evoluído no que diz respeito à prevenção e tratamento de doenças e distúrbios mentais. A seguir, confira o perfil das três especialidades mais conhecidas e suas diferentes abordagens no tratamento de quadros psicoemocionais.

Diferentes abordagens

Não devemos medir esforços para cuidar da nossa saúde mental e os psiquiatras, psicólogos e psicanalistas são nossos maiores aliados nessa difícil missão. A confusão entre essas três áreas é muito comum, já que todas tratam de problemas de ordem mental ou psicológica.

Porém, cada uma tem um foco e abordagens diferentes, que vão desde mudanças de hábitos por meio de técnicas ou uso de tecnologias até a prescrição medicamentosa. Apesar disso, essas especialidades podem ser combinadas de modo que se tenha uma prevenção ou tratamento holísticos da saúde mental. A seguir, confira as semelhanças e diferenças entre as principais especialidades.

Psiquiatras 

Psiquiatra

Imagem: Canva.

De formação prévia em Medicina, os psiquiatras cuidam dos aspectos fisiológicos e bioquímicos que envolvem os transtornos mentais e de seus respectivos sintomas, sempre de forma individual. Dessa forma, os médicos desta especialidade são os únicos que podem realizar tratamentos pelo viés médico e farmacológico, com o objetivo de restabelecer o equilíbrio hormonal do cérebro e reabilitar as funções cerebrais do paciente.

Psicólogos

Psicólogo

Imagem: Canva.

Formados no curso de Psicologia, os profissionais dessa área avaliam e tratam problemas relacionados aos processos mentais, emocionais e comportamentais pelo viés social, filosófico e comportamental, sem o uso de farmacológicos. As técnicas mais aplicadas são as de conversação, como a realizada na psicoterapia, mas podem variar dependendo do profissional e do quadro apresentado pelo paciente.

O atendimento pode ser individual ou em grupo e o leque de atuação do psicólogo é vasto, indo do aconselhamento e orientações vocacionais nas escolas até o atendimento em equipes esportivas, empresas, clínicas e hospitais. Para que possam exercer a profissão, é necessário ter registro no Conselho Regional de Psicologia (CRP).

Psicanalistas

Psicanalista

Imagem: Canva.

São os profissionais adeptos da terapia criada pelo neurologista alemão Sigmund Freud, no século XX, que é mais vista como método pertencente à Psicologia do que uma área independente. Sua atuação consiste na utilização de livres-associações, sonhos e aspectos do inconsciente do próprio paciente para ajudar em sua recuperação. Alguns profissionais aplicam a técnica de regressão, com o intuito de fazer o paciente buscar em sua mente o momento exato de sua vida que possa ter originado emoções negativas.

Neste campo, não é necessário ter formação em Medicina ou Psicologia — apesar da possibilidade de psiquiatras ou psicólogos adotarem a prática — e é muito comum que os especialistas neste conhecimento sejam graduados em cursos de Pedagogia, Recursos Humanos, entre outros distintos da área da saúde.

Apoio aos profissionais da saúde mental

Logo da APA PsycInfo

Imagem: American Psychological Association / Dot.Lib

Os profissionais da saúde mental sabem que a informação científica de fonte confiável é crucial para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz, ainda mais em um contexto complexo como o da depressão e outras condições psíquicas. Desse modo, a Dot.Lib apresenta a APA PsycInfo, o índice de ciência psicológica da American Psychological Association (APA) e considerado o mais confiável do mundo há mais de 50 anos.

A ferramenta hospeda mais de cinco milhões de registros bibliográficos interdisciplinares que oferecem descobertas direcionadas em todo o espectro das ciências comportamentais e sociais no âmbito da Psicologia. A cobertura inclui temas como Inteligência Artificial, Negócios, Educação, Leis, Linguística, Medicina, Neurociência, Farmacologia, Ciência Política, Sociologia, Esportes, entre outros assuntos.

Na APA PsycInfo você encontra resumos de livros, revistas e dissertações do século XVI às mais atuais, todos apresentados por especialistas multidisciplinares que fornecem uma visão abrangente da evolução da Psicologia e podem auxiliar na sua pesquisa acadêmica.

Se você se interessou pela APA PsycInfo e quer saber mais sobre o portfólio da American Psychological Association (APA) para a sua instituição, entre em contato conosco pelo e-mail info@dotlib.com ou preencha o formulário clicando aqui.

Sobre o CVV

Logo da CVV

Imagem: CVV / Reprodução internet.

Fundado em 1962, na capital paulista, o Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma organização filantrópica que oferece apoio emocional com foco na prevenção do suicídio. A entidade também ajudou a formular a Política Nacional de Prevenção do Suicídio, do Ministério da Saúde, com o qual mantém uma cooperação para implantação nacional de uma linha telefônica gratuita específica para prevenção ao suicídio, disponível desde 2018.

Os atendimentos do CVV são voluntários e gratuitos a todas as pessoas que querem ou necessitam conversar. Se você precisar de ajuda ou conhece alguém que precise, entre em contato a qualquer momento do dia e gratuitamente pelo telefone 188, ou pelo site www.cvv.org.br, seja por chat ou e-mail.

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A Dot.Lib distribui conteúdo online científico e acadêmico a centenas de instituições espalhadas pela América Latina. Temos como parceiras algumas das principais editoras científicas nacionais e internacionais. Além de prover conteúdo, criamos soluções que atendem às necessidades de nossos clientes e editoras.

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