JAMA: uso de redes sociais pode agravar sintomas da depressão
O uso de certas redes sociais pode agravar os sintomas da depressão, conforme sugere um estudo publicado no periódico JAMA Network Open. Ainda que a origem da associação entre esses espaços digitais e a doença não esteja clara, o estudo identificou que a piora ocorreu de modo subsequente também em entrevistados que inicialmente não apresentavam sintomas depressivos.
No período de um ano, entre 2020 e 2021, os cientistas entrevistaram mensalmente 8.045 indivíduos com 18 anos ou mais por meio de um questionário de nove perguntas via internet. Nele, os voluntários deveriam assinalar quais sites ou redes sociais eram acessados com mais frequência — entre Facebook, Instagram, LinkedIn, Pinterest, TikTok, Twitter, Snapchat e YouTube. Eles também foram solicitados a identificar todas as mídias e fontes de notícias relacionadas ao COVID-19 que consumiram nas últimas 24 horas (como TV a cabo, site de notícias, entre outros).
Os resultados mostraram que 482 entrevistados relataram o surgimento dos sintomas de depressão após o uso dos aplicativos e respectiva piora ao longo da pesquisa. Além disso, entre as redes mais nocivas para a saúde mental foram citadas o Facebook, o Snapchat e o TikTok. Os autores do estudo alertaram sobre suas limitações — como a impossibilidade de controlar todos os possíveis fatores de confusão, falta de dados de dose-resposta e incapacidade de medir a natureza do uso da mídia social — e recomendaram que sejam realizados mais estudos.
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