BMJ: estudo sugere que TDAH pode aumentar risco de depressão grave e suicídio
Um estudo feito pela Universidade de Augsburg, na Alemanha, e publicado no periódico BMJ Mental Health sugere que o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) pode aumentar o risco de depressão grave e suicídio. Além disso, a condição que gera comportamento hiperativo e impulsivo também foi associada à anorexia e ao transtorno de estresse pós-traumático. Os resultados indicaram que pessoas com TDAH tem 30% mais probabilidade de tentar o suicídio e 9% de desenvolver depressão.
De acordo com Dennis Freuer, que é o principal autor do estudo, “o TDAH e o comportamento suicida compartilham fatores genéticos comuns que podem refletir variantes genéticas associadas à impulsividade, uma característica altamente hereditária”. O TDAH também foi associado a um aumento de 18% do risco de desenvolver o TEPT após um trauma, que sobe para 67% quando a pessoa com o transtorno tem depressão.
Apesar da pesquisa não ter achado uma relação de causa e efeito entre a depressão grave, o suicídio e o TDAH, a ligação com a anorexia nervosa é direta — ou seja, a depressão não é um fator que gere ou agrave o distúrbio alimentar. Neste caso, Freuer explicou que tanto a anorexia quanto o TDAH partilham das mesmos déficits neurocognitivos relacionados à impulsividade. Ainda, o cientista disse que a genética é apenas uma parte do cenário, que envolve também condições afetivas e socioeconômicas.
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