
Epstein-Barr e a esclerose múltipla
Estudos epidemiológicos têm sugerido uma possível ligação entre o vírus Epstein-Barr e o desenvolvimento da esclerose múltipla (EM), uma doença neurológica crônica e debilitante. As descobertas indicam que indivíduos previamente infectados pelo vírus apresentam um risco aumentado de desenvolver EM em comparação com aqueles que não foram expostos ao vírus.
Essa associação tem despertado interesse na comunidade científica, levando a investigações mais aprofundadas sobre seus mecanismos. Com o objetivo de informar sobre o vírus Epstein-Barr e como ele se relaciona com a esclerose múltipla, a Dot.Lib preparou esse conteúdo para solucionar as principais dúvidas sobre o tema. Confira.
O que é o vírus Epstein-Barr?
Imagem: iStock.
O Epstein-Barr (EBV) — também chamado herpesvírus humano 4 (HHV-4) — é um dos vírus mais comuns, encontrado em 9 de cada 10 pessoas em todo o mundo. A transmissão se dá principalmente por meio da saliva e, quando infectados, os pacientes podem apresentar doenças como a mononucleose infecciosa, também conhecida como febre glandular. Ainda que o corpo se cure da doença, o vírus permanece por toda a vida e de forma silenciosa no organismo da pessoa infectada, criando uma espécie de infecção oculta.
Mononucleose infecciosa
Imagem microscópica de uma amostra sanguínea de paciente com mononucleose (imagem: Canva).
Geralmente, os infectados pelo Epstein-Barr se contaminam durante a infância, apresentando sintomas brandos da mononucleose infecciosa que podem ser confundidos com outras infecções virais. No entanto, quando a contaminação ocorre na fase adulta, os sintomas são mais pronunciados e incluem febre alta, dificuldade para engolir, tosse, inflamação da garganta que não melhora com o uso de antibióticos, inchaços nos gânglios linfáticos do pescoço e axilas, e outros sintomas.
Após o organismo passar por uma batalha interna contra o vírus, o sistema imunológico deixa rastros de partes do invasor, conhecidas como antígenos. O corpo realiza o reconhecimento desses antígenos e estimula o processo de produção desses anticorpos, fazendo com que o sistema imunológico auxilie na recuperação, caso o vírus infecte o corpo novamente.
Associação entre a esclerose múltipla e o Epstein-Barr
Imagem: Canva.
Estudos sugerem que anticorpos ocultos do Epstein-Barr podem interagir com o sistema imunológico e com o sistema nervoso, dando origem a novas patologias. Os vírus de Epstein-Barr foram especialmente associados a diversos tipos de câncer e doenças autoimunes, incluindo a esclerose múltipla.
Ainda que a esclerose múltipla não seja causada por um vírus, a contração de determinados vírus durante a infância ou adolescência pode influenciar no desenvolvimento da doença. Isso porque a ação indireta desse vírus pode estimular o sistema imunológico a combater a si próprio.
Vale acrescentar que a esclerose múltipla é uma doença neurológica crônica que pode causar perda de visão, dor, fadiga, comprometimento da coordenação motora e, com isso, perda de qualidade de vida. Ela pode ser desencadeada por fatores ambientais, genéticos e, inclusive, pela contração do vírus Epstein-Barr.
Tratamento medicamentoso
Imagem: Canva.
Embora não haja tratamento específico, os medicamentos corticoides são os mais recomendados para aliviar alguns dos sintomas da mononucleose infecciosa, como inchaço na garganta. Além disso, a doença também pode estar associada a outras condições, como é o caso de sinusites e amigdalites. Neste caso, é necessário realizar o tratamento para essas infecções secundárias com o uso de antibióticos.
É importante ressaltar que a amoxicilina e outros derivados de penicilina não são indicados para o tratamento da doença em si, uma vez que podem causar reações adversas. Nesse caso, são recomendados o aciclovir e o metronidazol. No entanto, tanto a dosagem correta quanto a melhor indicação para cada caso devem ser analisadas e prescritas por meio de atendimento médico.
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