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Conheça mais quatro condições que colocam a saúde em risco por serem, a princípio, assintomáticas (imagem: Canva). Conheça mais quatro condições que colocam a saúde em risco por serem, a princípio, assintomáticas (imagem: Canva).
Doenças silenciosas para ficar atento – parte 2
  • Artigo
  • Ciências da Saúde
  • 08/11/2024
  • BMJ, BMJ Best Practice, Doenças silenciosas, DotLib, Medicina

Já mostramos como as doenças silenciosas podem ser um problema, justamente pela dificuldade de serem identificadas ou até mesmo por serem assintomáticas. Há recomendações específicas para evitar cada uma dessas condições, embora algumas delas possam não só serem prevenidas, mas curadas ou, ao menos, administradas por meio de hábitos de vida saudáveis.

No entanto, todas as pessoas estão sujeitas a quaisquer doenças. Por isso, é importante estar atento a indicadores e outros sintomas que possam surgir. Fazer testes regulares e consultar um médico em caso de qualquer suspeita é o mais recomendado. Anteriormente, a Dot.Lib listou quatro enfermidades e, agora, trazemos a segunda parte desta lista com outras quatro condições. Confira a seguir.

Colesterol alto

Doenças silenciosas parte 2: ampola contendo amostra de sangue para teste de colesterol; ao fundo, o resultado do teste.

Imagem: Canva.

Também chamada de hipercolesterolemia, é uma das doenças silenciosas mais comuns. Ocorre quando o colesterol ruim (LDL) se encontra em níveis muito elevados. Isso faz com que, lentamente, pequenas partículas de gordura sejam depositadas nas paredes de veias e artérias.

Por ser uma doença que geralmente não apresenta sintomas, torna-se muito perigosa, uma vez que só é percebida quando surgem as complicações graves. Entre os danos que a hipercolesterolemia pode causar ao organismo estão: ataque cardíaco, trombose, AVC e sintomas que se assemelham aos causados pela hipertensão.

Pessoas acima do peso, sedentárias e com uma dieta pobre em nutrientes correm mais riscos de desenvolver colesterol alto. Entretanto, pessoas com um peso adequado também podem apresentar níveis de colesterol acima do normal. Por ser uma doença assintomática, é comumente descoberta através de exame de sangue de rotina.

Também pode ser feito o exame de colesterol total para medir seu nível no sangue. Uma vez descoberta, a doença pode ser controlada com mudanças na dieta e no estilo de vida do indivíduo.

Síndrome do ovário policístico

Doenças silenciosas parte 2: um médico segurando um protótipo de útero com vários cistos ao lado de um exame de imagem.

Imagem: Canva.

Trata-se de um desequilíbrio hormonal crônico que leva à falta de ovulação e favorece o aparecimento de pequenos cistos na superfície do ovário. Isto ocorre devido ao aumento da concentração de testosterona no sangue, sendo uma das principais causas de infertilidade feminina.

A diferença entre cisto no ovário e a síndrome do ovário policístico (SOP) está no tamanho e no número de cistos. Em geral, os primeiros indicativos aparecem durante a adolescência, porém não são claros e tornam difícil o diagnóstico. Dentre os possíveis sintomas estão acne, ganho de peso, menstruação irregular e aumento de pelos no rosto, seios e abdômen.

É importante salientar que ter ovário policístico não significa ter a síndrome do ovário policístico. Além do aumento de hormônio masculino no corpo da mulher, a síndrome é caracterizada por um período menstrual irregular. A SOP é diagnosticada por meio da análise dos sintomas e da ultrassonografia transvaginal.

O tratamento passa pela adoção de um estilo de vida mais saudável e do uso de pílulas anticoncepcionais para mulheres que não queiram engravidar. Em casos em que a doença esteja ligada à resistência à insulina, medicamentos podem ser receitados.

Depressão

Doenças silenciosas parte 2: uma mulher sentada no chão e chorando.

Imagem: Canva.

O transtorno depressivo persistente (TPD) ou depressão é uma doença psiquiátrica com grande prevalência no Brasil. Caracteriza-se por uma tristeza profunda e contínua associada a sentimentos negativos tais como dor, culpa, remorso, amargura e baixa autoestima. É considerada uma doença silenciosa por não apresentar nenhum sintoma mais palpável para a identificação.

A falta de ânimo e o cansaço extremo são normalmente os primeiros sinais a serem percebidos. Por conta desses fatores, a pessoa com depressão tende a abusar de alimentos, álcool e a se tornar sedentária. É importante saber diferenciar a depressão persistente não só de outros tipos, como a sazonal, mas também de uma tristeza transitória — ocasionada por algum acontecimento ruim, como a perda de um ente querido, problemas sentimentais ou frustrações diversas.

Nesses casos, a pessoa que não tem depressão acaba superando essas adversidades. Já os indivíduos diagnosticados com o transtorno depressivo permanecem tristes o tempo todo, mesmo que não saibam dizer o motivo, e perdem o prazer que antes sentiam em atividades. O quadro também se demonstra pela falta de perspectiva de melhora o que, consequentemente, pode levar às ideações suicidas.

O diagnóstico clínico é feito com base na história de vida do paciente e nos sintomas por ele relatados. Embora não exista um exame laboratorial específico para o diagnóstico da depressão, o médico pode solicitar alguns exames para identificar outras causas da doença como: traumas, hereditariedade, abuso de álcool e drogas, mudanças neurológicas e bioquímicas, entre outras condições.

Entre os tratamentos, a psicoterapia pode apresentar bons resultados em quadros mais leves da doença. Entretanto, nos casos mais graves, onde a vida familiar, afetiva e social do paciente é muito afetada, é indicado o uso de medicamentos. Os chamados antidepressivos atuam no controle dos sintomas da doença.

AIDS/HIV

Doenças silenciosas parte 2: vários tubos de ensaio contendo amostras de sangue para teste de HIV.

Imagem: Canva.

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (ou AIDS) é uma doença, causada pela infecção do vírus HIV, que ataca progressivamente o sistema imunológico. É considerada muito perigosa devido a sua facilidade de se espalhar e ao fato de ainda não possuir cura.

O HIV é transmitido principalmente em relações sexuais sem preservativo, mas também pode se dar por meio de objetos cortantes e/ou perfurantes que estejam contaminados com o sangue infectado. No entanto, é importante ressaltar que a doença não é transmitida por beijo, suor, saliva ou lágrimas.

Os sintomas iniciais costumam ser leves e facilmente confundidos com um mal-estar passageiro. Quando mais intensos, os sinais se assemelham a sintomas de outras viroses: febre, dores de cabeça, calafrios e até mesmo manchas no corpo. Após essa fase inicial, segue-se um período de latência clínica conhecida como HIV assintomático. Durante esta fase, a doença pode ficar incubada por mais de 20 anos sem apresentar nenhum sinal.

Quando em etapa avançada, a AIDS aumenta as chances do surgimento de outras doenças, como as infecciosas graves e até mesmo o câncer. O tratamento consiste no uso de medicamentos antirretrovirais que ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico.

Embora não haja uma cura para a AIDS, esses medicamentos podem ajudar o portador da doença a ter maior tempo e qualidade de vida.

Sobre a BMJ Best Practice

Doenças silenciosas parte 2: logo da BMJ Best Practice.

Imagem: Dot.Lib / BMJ Best Practice.

Este artigo tem como referência a BMJ Best Practice, uma solução on-line com acesso rápido a informações recentes e baseadas em evidências sobre diagnósticos, tratamentos, gestão e prevenção para equipes multiprofissionais de Saúde. Seu conteúdo é editado pelo BMJ Group, um dos mais conceituados provedores de materiais científicos na área de Medicina.

Considerada um dos melhores recursos de suporte à decisão clínica para profissionais de saúde em todo o mundo, a Best Practice disponibiliza conteúdos atualizados sobre mais de 30 especialidades médicas. Além disso, foi desenvolvido com recursos que facilitam seu uso no local do atendimento e na educação do paciente sobre seu quadro e tratamentos como: guias com passo-a-passo das doenças, formulários para gestão de medicamentos e muito mais.

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