Dezembro Vermelho: mês de prevenção ao HIV/AIDS
Desde que o primeiro caso de AIDS foi registrado em 1981, nos Estados Unidos, os pesquisadores e profissionais da Saúde têm avançado a passos largos no entendimento de como se dá a doença. Desde a origem e o mecanismo de ação do vírus HIV até o desenvolvimento de medicamentos eficazes, a cura não só tem se tornado cada vez mais possível, mas alcançável.
Pensando nisso e em ocasião do “Dezembro Vermelho”, a Dot.Lib preparou este artigo para que você conheça a história da campanha de prevenção e combate ao HIV/AIDS, as ISTs mais comuns, a diferença entre HIV e AIDS e uma plataforma de suporte clínico aos profissionais da saúde que pode auxiliar na luta contra essas e outras doenças.
História da campanha
Imagem: Canva.
Com o objetivo de conscientizar sobre a AIDS e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), a campanha do “Dezembro Vermelho” busca esclarecer a população sobre o HIV/AIDS e outras ISTs. Os objetivos principais são a conscientização sobre a prevenção e sobre a importância do tratamento precoce. Desde 1988, quando foi instituída pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) e pela Organização Mundial da Saúde, a campanha ocorre no mesmo mês em que se comemora o Dia Mundial de Combate à AIDS, em 1º de dezembro.
Embora já acontecesse de maneira extraoficial há vários anos, o “Dezembro Vermelho” foi oficializado no Brasil em 2017, através da criação da Lei 13.504, que instituiu a Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis. Entre as metas da campanha citadas na lei, estão a prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos das pessoas que vivem com HIV/Aids.
HIV e AIDS
Imagem: Canva.
A AIDS (sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é a doença causada pelo vírus HIV (sigla inglesa para vírus da imunodeficiência humana). A doença é altamente perigosa uma vez que destrói as células de defesa que garantem a resposta imunológica do corpo humano, denominadas T-CD4.
É importante ressaltar que algumas pessoas podem ter o vírus HIV e não desenvolverem a AIDS. Isso porque, embora não exista cura para a AIDS, o tratamento dos pacientes soropositivos avançou muito nos últimos anos e hoje a expectativa de um paciente de HIV pode ser bem próxima de uma pessoa sem o vírus.
Outras ISTs
Existem 13 tipos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A seguir, confira duas das mais comuns e fique por dentro dos sintomas e possíveis tratamentos:
HPV
Lesões cutâneas provocadas pelo Papilomavírus Humano (imagem: Canva).
O Papilomavírus Humano (HPV) tem mais de 170 tipos dos quais cerca de 40 podem ser transmitidos por relações sexuais. Boa parte das infecções é assintomática e se cura espontaneamente sem deixar qualquer sequela. No entanto, quando sintomática, as manifestações podem variar de acordo com o tipo de HPV e o local infectado.
As alterações benignas incluem as verrugas nas mãos, pés, rosto e nas genitais, que podem sumir e voltar novamente, e a papilomatose respiratória, que desenvolve verrugas ao longo das vias respiratórias com risco de obstrução da respiração. Das alterações malignas, a mais grave e conhecida é o câncer do colo do útero (ou câncer cervical) e ocorre em pessoas cuja infecção persiste por anos. Além disso, outros cânceres estão associados ao HPV, entre os quais câncer no ânus, na vulva, no pênis e na cabeça e pescoço.
É preciso lembrar que nem sempre o câncer do colo de útero é causado pelo HPV, ainda que o vírus esteja significativamente relacionado a essa doença. O diagnóstico pode ser feito por exames como o Papanicolau e a colposcopia em mulheres, a peniscopia em homens, biópsia e, mais recentemente, com algumas técnicas de biologia molecular, como o teste PCR e outros. O tratamento varia de acordo com o tipo do HPV, o local da infecção e suas manifestações e inclui agentes tópicos, imunomoduladores e cirurgia.
Sífilis
Bactéria Treponema pallidum, causadora da sífilis, vista por meio de um microscópio (imagem: Canva).
Muito disseminada entre jovens, a doença é causada pela bactéria Treponema pallidum com diversos sintomas a depender do estágio em que a infecção está. O primeiro sinal suspeito de sífilis é o surgimento de pequenas feridas na boca, no pênis, na vagina, no colo do útero ou no ânus, sendo esta fase chamada de sífilis primária. Como muitas vezes essas feridas são indolores e podem até desaparecer com o tempo, a pessoa infectada pode acreditar que está curada.
No entanto, em questão de meses, a infecção pode evoluir para uma sífilis secundária e é aí que surgem outros sinais: manchas avermelhadas por todo o corpo e o aumento do tamanho dos linfonodos, também conhecido como ínguas. Com o passar dos anos, se não tratada, a doença pode atacar outros órgãos, causar problemas cardiovasculares e neurológicos (sífilis terciária) e levar a óbito. Há também a sífilis congênita, que é passada de mãe para filho durante a gestação ou durante o parto, afetando o desenvolvimento da criança.
O diagnóstico da sífilis se dá por um exame de sangue sorológico e o tratamento é feito com injeções de penicilina benzatina (Benzetacil) com dosagem e duração a depender da fase da doença. O procedimento deve ser realizado antes que atinja órgãos importantes, como olhos, coração e cérebro.
Prevenção
Imagem: Canva.
Sempre melhor do que remediar, é prevenir. A seguir, confira algumas das principais precauções para evitar contrair uma IST:
- Usar preservativos em todos os tipos de relações sexuais;
- Não dividir com outras pessoas objetos de uso pessoal, principalmente cortantes ou perfurantes (alicates de unha, lâminas de barbear, seringas, entre outros);
- Usar luvas ao manipular de feridas e fluídos de outrem;
- Ter um acompanhamento médico periodicamente com a correta realização dos exames de rotina;
- Estar com a vacinação em dia;
- Realizar testagens regulares para o HIV, disponíveis no Sistema único de Saúde (SUS);
Suporte clínico
Imagem: BMJ / Montagem Dot.Lib.
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