Wiley: nordestinos e nortistas de baixa renda são os que mais sofrem com cefaleia, diz estudo
Uma pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica da Universidade de São Paulo (USP) descobriu que os nordestinos e nortistas de baixa renda são os mais afetados pela cefaleia, também conhecida como dor de cabeça. Os detalhes do achado foram publicados em janeiro deste ano em um artigo no Headache: the journal of head and face pain, um periódico da Wiley. O estudo se baseou na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, feita pelo Ministério da Saúde.
Os dados revelaram que a dor da cefaleia incapacitou mais as pessoas pretas do Norte e Nordeste, de baixa renda e escolaridade, do que a população do Sudeste. A análise do perfil socioeconômico dos pacientes sugere que a causa de maior incidência da condição nessas regiões está na carência de protocolos nacionais de saúde para a dor de cabeça e de clínicas e hospitais especializados. Em entrevista para o Jornal da USP, o autor Arão Belitardo de Oliveira fez um alerta sobre as consequências sociais e econômicas da condição.
“É isso que é importante frisar: estamos falando de uma doença que gera um impacto econômico, além do pessoal. Ambos são subestimados e negligenciados atualmente. Você não vai ter tratamento e você não vai ter um diagnóstico porque a cefaleia não está no radar das prioridades de saúde do país”, explicou o pesquisador. O estudo apresenta algumas limitações como dados baseados em relato pessoal em vez do diagnóstico médico, distinção entre tipos de cefaleia, enxaqueca e demais dores de cabeça, além das subnotificações.
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