Abordagem utiliza biotinta especial que libera uma proteína fundamental para o crescimento e regeneração musculares (imagem: Canva).
Wiley: cientistas aprimoram bioimpressão 3D de tecidos musculares esqueléticos
Um marco significativo na bioimpressão 3D de órgãos humanos foi alcançado recentemente pelos cientistas do Instituto Terasaki de Inovação Biomédica, nos Estados Unidos. Segundo o artigo publicado no periódico Macromolecular Bioscience, da Wiley, eles desenvolveram uma biotinta por meio da impressão tridimensional cuja fórmula estimula a regeneração dos tecidos musculares esqueléticos. A substância contém um hidrogel biocompatível à base de gelatina (GelMA), células de mioblastos e micropartículas projetadas para a liberação controlada da proteína de fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (ou IGF-1).
A IGF-1, que é crucial para a regeneração e reparo muscular, é liberada gradualmente por meio de micropartículas revestidas. Experimentos com camundongos revelaram que essa liberação não só resultou em melhor alinhamento e diferenciação celular, mas também estimulou a contração espontânea do tecido muscular após a bioimpressão. A abordagem também teve resultados promissores na regeneração muscular em estudos pré-clínicos. O estudo destaca que o desenvolvimento normal do tecido muscular envolve a fusão gradual de células precursoras em estruturas tubulares, essenciais para a maturação e funcionamento adequado das fibras musculares.
A perda de músculo esquelético decorrente de trauma, doenças ou procedimentos cirúrgicos não só resulta em diminuição funcional, mas também afeta tecidos associados, como vasos sanguíneos e outras estruturas. Geralmente, o tratamento atual para tais condições envolve a transferência de tecido muscular saudável do paciente para a área afetada. No entanto, problemas como inervação inadequada e complicações com o tecido transplantado podem limitar a eficácia da recuperação completa.
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