Realizado na China com 842 mulheres grávidas, o estudo elencou os gases poluentes mais nocivos e respectivas complicações gestacionais (imagem: iStock).
De Gruyter: gestantes e bebês são mais suscetíveis aos efeitos adversos da poluição atmosférica
A exposição leve e contínua à poluição atmosférica pode causar sérios danos à saúde da mãe e do bebê desde a gestação, sendo este o público mais afetado pelos gases industriais. É o que sugere um estudo realizado por cientistas do Hospital Universitário de Hebei, na China, e publicado no Open Medicine, um periódico da De Gruyter. Entre as complicações mais frequentes estão o risco de subpeso fetal, de hipertensão arterial e de parto prematuro.
Os pesquisadores estudaram os efeitos de gases comumente emitidos pelas indústrias nos resultados da gravidez em Baoding, uma cidade da província chinesa de Hebei, que sofre com aumento significativo da poluição do ar. Para isso, eles correlacionaram os níveis de diferentes poluentes com partículas tóxicas inaláveis — entre os quais monóxido de carbono, dióxido de enxofre e dióxido de nitrogênio — com a saúde gestacional de 842 mulheres durante três anos.
Os efeitos nocivos dos gases tóxicos inaláveis não estão restritos às grávidas ou aos chineses: o “Global Burden of Diseases” estimou que 9 milhões de pessoas em todo o mundo morreram direta ou indiretamente pela poluição atmosférica em 2019; 60% dos casos estavam associados a problemas cardiovasculares. De acordo com o relatório, que embasou um estudo da New England Journal of Medicine (NEJM) sobre o tema, as cidades que mais tiveram óbitos decorrentes da poluição do ar foram Cidade do México, São Paulo, Nova York (EUA), Nova Dehli (Índia) e Xangai (China).
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