Conciliação medicamentosa: entenda a prática e sua importância
A farmácia clínica realiza atividades fundamentais para evitar a ocorrência de erros relacionados à medicação e melhorar a qualidade na assistência de pacientes em unidades de saúde. Para que isso seja possível, é necessário implementar processos à rotina dos profissionais de saúde para a realização do tratamento farmacológico adequado, com precisão, maior assistência e de forma individualizada.
Um dos principais métodos utilizados para melhorar a segurança do paciente — principalmente na identificação e prevenção de eventos adversos associados a medicamentos — é a conciliação medicamentosa. Este artigo explicará quais atividades compõem a conciliação medicamentosa e qual é a sua importância na prevenção de problemas associados, como a interação medicamentosa, além de otimizar a farmacoterapia.
Qual a importância da conciliação medicamentosa?
Realizado por farmacêuticos e demais profissionais da saúde, a reconciliação medicamentosa ou conciliação medicamentosa é um processo analítico feito com base nos medicamentos utilizados pelo paciente. Dessa forma, medicamentos utilizados habitualmente são avaliados quanto à possibilidade de interferência no tratamento realizado no hospital, assim como o caminho inverso.
O processo vem demonstrando diversos benefícios na prevenção de reações adversas ou na identificação das causas de ineficácia em tratamentos. Portanto, a centralização de todas as prescrições em um único lugar possibilita a prevenção de erros na administração de medicamentos, como dosagem, horários de aplicação, além de facilitar a adesão do paciente à farmacoterapia.
Além disso, a prática é capaz de reduzir as discrepâncias não intencionais relacionadas às mudanças de níveis de atenção à saúde, aos serviços ou mesmo aos profissionais da saúde, promovendo, dessa forma, a redução deste tipo de erro de medicação.
Conciliação medicamentosa no ambiente hospitalar
Imagem: iStock.
A conciliação de medicamentos é um processo multidisciplinar que geralmente inclui médicos, farmacêuticos, enfermeiros e os próprios pacientes. Os enfermeiros fazem a admissão hospitalar de pacientes e coletam informações importantes sobre possíveis alergias e medicamentos utilizados de forma domiciliar. Esses dados são registrados em prontuários que serão analisados por médicos.
Em seguida, o paciente é transferido para o médico, que será responsável por avaliar seu estado clínico ao fazer uso do medicamento em questão e realizar a conciliação medicamentosa, atentando-se a possíveis modificações provocadas pelo fármaco utilizado anteriormente. Caso haja necessidade de alterações, o fármaco é recolhido pelos profissionais de enfermagem para ser administrado de forma correta.
Depois dos médicos, é hora de os farmacêuticos clínicos entrarem no processo. Sua contribuição será de analisar a escolha dos medicamentos, verificando se há incoerência nos componentes, na dosagem, forma de administração, frequência de uso, além de substituições ou suspensões de medicamentos para pacientes internados ou não.
Para além do ambiente hospitalar, o farmacêutico é responsável por avaliar a integridade de medicamentos destinados para uso domiciliar. Neste ponto são analisadas e registradas informações sobre lote, validade e fabricante. O trabalho interdisciplinar de conciliações medicamentosas em pacientes melhora a qualidade da assistência oferecida pelos profissionais de saúde associados ao processo, além de conscientizar sobre o uso racional de medicamentos e sobre a importância da efetividade do tratamento fornecido pelo sistema de saúde.
Sobre o Cognys Meds
Logo do Cognys Meds (imagem: Cognys Meds / Dot.Lib).
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