Wiley: radioterapia adaptativa guiada por imagem reduz efeitos colaterais no câncer de próstata
Uma nova técnica que usa exames de imagem como guia pode tornar a radioterapia mais segura e eficaz para pacientes com câncer de próstata, de acordo com um estudo abrangente publicado na revista Cancer, da Wiley. Trata-se da radioterapia estereotáxica adaptativa diária guiada por ressonância magnética (ou MRg-A-SBRT): ela permite o ajuste diário do plano de radiação para a próstata, considerando as mudanças anatômicas e monitorando em tempo real a posição do órgão.
Após a análise de 29 ensaios clínicos com 2.547 pacientes, foi constatado que a MRg-A-SBRT reduziu em 44% os efeitos colaterais urinários e em 60% os intestinais em comparação com o método convencional. Os resultados positivos sugerem que o uso da MRg-A-SBRT pode se tornar uma opção viável para melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida dos pacientes com câncer de próstata. Ainda que a técnica exija mais tempo e recursos, ela já é considerada um avanço na busca por terapias mais eficazes e menos invasivas para o câncer de próstata.
A eficácia foi notável a curto prazo, mas os cientistas destacam a necessidade de estudos de acompanhamento para avaliar os efeitos mais duradouros do tratamento, além de aprofundar o entendimento da técnica e sua aplicação na prática clínica. Os autores afirmam que este é o primeiro estudo a comparar diretamente a MRg-A-SBRT com outras formas mais convencionais de radioterapia para câncer de próstata. O artigo também lança luz sobre questões futuras, como a eficácia a longo prazo e os fatores específicos da tecnologia que levam a esses melhores desfechos clínicos.
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