Você já ouviu falar de células HeLa?
Conhecidas como células imortais, por sua capacidade de se reproduzirem e se manterem vivas. HeLa é a junção da primeira sílaba do nome e sobrenome de Henrietta Lacks.
Sua história já foi contada em um livro “The Immortal Life of Henrietta Lacks” escrito pela jornalista Rebecca Skloot e uma adaptação cinematográfica já está em fase de produção.
Henrietta Lacks nasceu na Virgínia, EUA, em 1920.
Negra, pobre e sem estudos, Henrietta e sua família deixaram a vida rural das plantações de tabaco da Virgínia buscando melhores condições de vida em Baltimore.
Em 1951, Henrietta deu à luz seu quinto filho e logo depois começou a sofrer com dores abdominais e sangramentos. Procurou tratamento no Hospital Johns Hopkins–um dos poucos a atender negros pobres em plena segregação racial–onde foi diagnosticada com um câncer cervical muito agressivo e teve material coletado para estudos, Henrietta não resistiu a doença e faleceu em outubro do mesmo ano.
O material coletado para análise foi entregue ao pesquisador George Otto Gey que ao conduzir alguns testes verificou que aquelas células eram únicas, pois reproduziam-se facilmente e mantinham-se vivas, diferentemente das células com as quais ele vinha trabalhando, que duravam apenas alguns dias.
A notícia de que foram encontradas células com facilidade para crescer em placas de cultura celular se espalhou e em pouco tempo as células, agora batizadas com as iniciais de sua genetriz: HeLa, foram distribuídas em larga escala e encontraram aplicações práticas nos mais diversos campos da ciência: fabricação de vacinas, enviadas ao espaço, indústria cosmética, pesquisas pela cura do Aids e principalmente para o mesmo mal que causou a morte de Henrietta; câncer.
Sua história já foi contada em um livro “The Immortal Life of Henrietta Lacks” escrito pela jornalista Rebecca Skloot. O trailer da adaptação cinematográfica homônima com Rose Byrne, Courtney B. Vance e Oprah Winfrey pode ser conferida no vídeo abaixo:
O artigo “Neutropenia-associated ELANE mutations disrupting translation initiation produce novel neutrophil elastase isoforms” é um dos exemplos das muitas pesquisas conduzidas com células HeLa que estão disponíveis no periódico Blood da American Society of Hematology.
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