Níveis elevados de paraoxonase reduzem risco de câncer em pacientes com artrite reumatoide
Pacientes com artrite reumatoide moderada a grave que recebem o medicamento tofacitinibe e que apresentam níveis elevados da enzima paraoxonase-1 (PON1) têm riscos mais baixos de desenvolver um câncer ou eventos cardíacos adversos. A PON1 é sintetizada principalmente no fígado e secretada no sangue, onde se associa ao HDL-c. Os pesquisadores têm avaliado a possibilidade dessa importante enzima — que está associada ao colesterol lipoproteína de alta densidade (HDL-c) — tornar-se um biomarcador. Os detalhes da descoberta foram publicados em um artigo no The Journal of Rheumatology.
Para entender como isso ocorre, os estudiosos avaliaram 1.969 pacientes com artrite reumatoide que receberam mais de uma dose do tofacitinibe 5 mg ou 10 mg e que estavam com PON1 ativa. Todos os participantes passaram pelo processo de genotipagem de PON1 Q192R, além de avaliações sobre a atividade da doença e dos escores de proteína C reativa. De acordo com Christina Charles-Schoeman, pesquisadora da Universidade da Califórnia e uma das autoras do estudo, a PON1 “é considerada uma enzima ateroprotetora e está implicada no desenvolvimento do câncer, na imunidade inata e na detecção de quorum bacteriano”.
Os eventos cardíacos considerados incluíram enfarte do miocárdio, AVC e outros que resultaram na morte do paciente. Os resultados mostraram que os pacientes que possuíam um genótipo RR tinham níveis mais elevados de atividade de PON1 e mais baixos de atividade de lactonase e arulesterase, em comparação com os que tinham um genótipo QQ. Após análises por meio de modelos que variam no tempo, a equipe também observou uma “associação significativa” entre o aumento da atividade da enzima ao longo do tempo e riscos mais baixos de ventos cardíacos e malignidades, exceto câncer de pele não melanoma.
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