JAMA: teste nasal em crianças com sinusite pode reduzir uso desnecessário de antibióticos
Os pesquisadores da Universidade de Pittsburgh (Estados Unidos) criaram um teste para diferenciar quadros de sinusite em crianças provocados por bactérias ou vírus. O método — cujos resultados foram publicados nesta terça-feira (25) no JAMA Network — é semelhante ao PCR para detecção da COVID-19, que consiste na coleta de amostra do muco nasal por meio de um cotonete. Para isso, os cientistas recrutaram 500 crianças com sintomas de sinusite de seis centros nos EUA e as designaram aleatoriamente para receber antibióticos ou placebo.
Eles também coletaram amostras do nariz dos voluntários e testaram os três principais tipos de bactérias envolvidas na doença. As crianças que testaram positivo para a bactéria tiveram melhor resolução dos sintomas ao tratá-los com antibióticos do que aquelas que não tinham bactérias. De acordo com o pediatra do UPMC Children’s Hospital of Pittsburgh e principal autor do estudo, Nader Shaikh, a sinusite é uma das doenças mais comuns em crianças. No entanto, é de difícil detecção, uma vez que se baseia na duração dos sintomas, o que justifica o desenvolvimento de um teste específico para a doença.
O método também permite diferenciar casos bacterianos dos virais, o que reduziria o uso desnecessário dos antibióticos e os efeitos colaterais associados a eles. “Se os antibióticos não são necessários, então por que usá-los? Esses medicamentos podem ter efeitos colaterais, como diarreia, e alterar o microbioma, cujas implicações a longo prazo ainda não entendemos. O uso excessivo de antibióticos também pode estimular a resistência a antibióticos, que é uma importante ameaça à saúde pública”, disse Shaikh. Os cientistas estão analisando a possibilidade de testes clinicamente mais práticos e com resultados mais rápidos, além outros tipos de biomarcadores na secreção nasal que facilitem e agilizem o diagnóstico.
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