De Gruyter: cães farejadores detectam COVID com mais precisão e rapidez do que os testes atuais
Um artigo publicado recentemente no Journal of Osteopathic Medicine, da editora De Gruyter, mostrou que cães farejadores conseguem identificar a COVID-19 mais rápida e precisamente do que os testes atuais. Os resultados mostraram que o animal considerado o melhor amigo do homem é capaz não só de detectar casos assintomáticos, como a versão longa da doença e até novas variantes. A pesquisa é uma revisão de outros 29 estudos realizados em mais de 30 países. Estes, por sua vez, contaram com mais de 31 mil amostras fornecidas por cerca de 400 cientistas, que usaram 19 raças diferentes de cães.
Em alguns estudos, os cães farejaram as pessoas diretamente, às vezes em locais públicos; em outros, os animais cheiraram amostras de pacientes, como suor, saliva ou urina. Na maioria deles, os cães demonstraram sensibilidade e especificidade semelhantes ou superiores aos dos testes de RT-PCR padrão-ouro atuais ou de antígeno. Uma pesquisa mostrou que quatro cães detectaram o equivalente a menos de 2,6 x 10-12 cópias de RNA viral por mililitro, o que corresponde a uma gota de substância odorífera diluída em 10,5 piscinas olímpicas. Isso mostra que o faro canino é, de fato, 1 milhão de vezes melhor do que os instrumentos científicos modernos.
Os benefícios do uso de cães farejadores na detecção específica da COVID vão além da rapidez, sensibilidade e precisão: há a redução não só nos custos que a manutenção dos equipamentos laboratoriais exige como também na quantidade de resíduos plásticos gerados pelo descarte dos testes convencionais. Para o professor Tommy Dickey, um dos autores desta revisão, os resultados mostram que o faro canino é muito útil em pandemias e deve ser incorporado à Medicina como uma séria metodologia de diagnóstico em espaços públicos. “Estamos confiantes de que os cães farejadores serão úteis na detecção de uma ampla variedade de doenças no futuro”, afirma Dickey.
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