
Confira os artigos mais lidos no International Journal of Clinical Pharmacy em fevereiro de 2025
Com o intuito de te manter atualizado com o que há de melhor na pesquisa científica, a Dot.Lib traz mensalmente os conteúdos mais lidos em renomados periódicos de Farmácia e Farmacologia. A seguir, confira os artigos mais acessados do International Journal of Clinical Pharmacy, periódico da Springer Nature, em janeiro de 2025.
1) Associação de medicamentos à hipofibrinogenemia induzida por drogas
Um estudo baseado no banco de dados da FDA (FAERS) analisou mais de 17 milhões de casos de eventos adversos relatados entre 2004 e 2024 e identificou 52 medicamentos potencialmente associados à hipofibrinogenemia induzida por drogas. Entre os medicamentos mais frequentemente relacionados à condição estavam metotrexato, tigeciclina, tocilizumabe, pegaspargase e alteplase. Além disso, a análise estatística revelou que fármacos como eravaciclina e Fab imunológico polivalente de Crotalidae (Ovino) apresentaram os sinais mais fortes de associação com a hipofibrinogenemia, condição que pode aumentar o risco de sangramentos.
Os pesquisadores destacaram que 88,5% dos medicamentos identificados não mencionam esse risco em suas bulas, o que ressalta a necessidade de maior monitoramento dos níveis de fibrinogênio em pacientes em uso dessas substâncias. Os resultados do estudo podem servir como referência para futuras pesquisas sobre os mecanismos da hipofibrinogenemia induzida por medicamentos e sua relevância clínica, contribuindo para a segurança do uso desses fármacos na prática médica.
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2) Treinamento para farmacêuticos na desprescrição de medicamentos
Um estudo clínico randomizado avaliou o impacto de um treinamento voltado à desprescrição na revisão clínica de medicamentos realizada por farmacêuticos comunitários. A pesquisa envolveu 20 farmacêuticos que atenderam pacientes com 70 anos ou mais, utilizando medicações cardiovasculares ou antidiabéticas, mas com parâmetros clínicos controlados. Após três meses, 32% dos pacientes no grupo treinado tiveram pelo menos um desses medicamentos descontinuado, em comparação com 26% no grupo controle.
Quando considerados todos os tipos de medicamentos, os percentuais foram de 51% e 36%, respectivamente. Apesar das diferenças, os resultados não foram estatisticamente significativos. Os cientistas concluíram que a capacitação dos farmacêuticos e o uso de dados de médicos generalistas facilitaram a implementação de uma revisão mais focada na desprescrição na prática clínica. No entanto, pesquisas adicionais são necessárias para avaliar se treinamentos complementares poderiam otimizar ainda mais a redução do uso inadequado de medicamentos cardiovasculares e antidiabéticos, promovendo maior segurança e eficácia nos tratamentos.
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3) Ferramentas de autoavaliação na detecção de reações adversas a medicamentos
Uma pesquisa realizada em um hospital universitário com pacientes em uso de metotrexato, sulfassalazina, ciclosporina ou prednisolona avaliou o impacto de ferramentas de autoavaliação e cartões de alerta para pacientes na identificação de reações adversas a medicamentos. Dos 922 questionários distribuídos, 71,5% foram devolvidos, e mais da metade dos participantes relataram sintomas que atribuíram aos medicamentos, sendo o mais comum o angioedema (15,8%).
Ainda, 76,7% basearam sua avaliação na relação temporal entre o início dos sintomas e a administração do fármaco, com maior adesão entre os que utilizaram a versão online da ferramenta. Os cientistas concluíram que essas estratégias aumentaram a detecção e o relato de reações adversas em comparação à notificação espontânea. Além disso, metade dos pacientes relataram alta satisfação com os cartões de alerta. Desse modo, os autores recomendam que essas ferramentas sejam disponibilizadas a todos os pacientes, incentivando a notificação de reações adversas e melhorando a segurança no uso de medicamentos.
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