Com nove anos de duração, estudo também mostrou que o aspartame e o acesulfame K aumentaram riscos de câncer e de acidente vascular cerebral (imagem: Canva).
BMJ: adoçantes artificiais podem aumentar risco de problemas cardiovasculares
Usados como alternativa aos efeitos nocivos do açúcar, os adoçantes artificiais também mostraram potenciais riscos vasculares no coração e no cérebro, além de câncer. É o que sugere um estudo realizado por quatro instituições na França, entre elas o Instituto Nacional da Pesquisa Médica e a Universidade Sorbonne Paris Nord, e publicado em agosto no British Medical Journal (BMJ).
Por nove anos, os cientistas acompanharam 103.388 adultos dos quais 37% consumiram, em média, 42,46 mg de aspartame ou acesulfame K por dia, o equivalente a um sachê de adoçante ou a 100 ml de suco dietético. Os pesquisadores também compilaram as informações sobre o surgimento e o diagnóstico de doenças vasculares e cardíacas entre os participantes durante o período de avaliação. Ao todo, foram registrados 1.502 eventos do tipo, entre ataques cardíacos, anginas de peito, angioplastias, acidente vascular cerebral e outros.
Os autores afirmam que mais estudos são necessários para confirmar os resultados obtidos neste. De acordo com Naveed Satar, professor de Medicina de doenças metabólicas da Universidade de Glasgow, “estudo observacional não pode responder à pergunta proposta”, devido às “grandes diferenças em muitas características das pessoas que consomem adoçantes artificiais em relação às que não consomem”.
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