Biomarcadores: o que são e sua importância na área da Saúde
Desde os primórdios da Medicina, cientistas e médicos têm buscado maneiras de compreender melhor as doenças e como diagnosticá-las de forma mais precisa. O conceito de biomarcadores (ou marcadores biológicos) ganhou destaque significativo com o avanço da Biologia Molecular e da Genética, especialmente a partir do final do século XX. Sua capacidade de identificar e medir substâncias específicas que podem indicar a presença ou progressão de uma doença trouxe elevou o campo da Saúde a um novo patamar.
O uso de biomarcadores permite diagnósticos mais precoces e tratamentos personalizados, como ocorre desde a década de 1980, com a identificação do antígeno prostático específico (PSA) como um marcador para o câncer de próstata. Hoje, biomarcadores são utilizados em várias especialidades médicas, desde a Oncologia até a Cardiologia e Neurologia, facilitando uma abordagem mais precisa e eficaz, fortes características das chamadas Medicina de Precisão e Medicina Baseada em Evidências.
Neste artigo, a Dot.Lib traz as principais informações sobre os biomarcadores, como os diferentes tipos e aplicações, além de sua importância tanto na Medicina — exercendo um papel fundamental na investigação clínica e nos tratamentos — quanto na Farmacologia, especialmente no desenvolvimento e testagem de fármacos. Confira!
O que são biomarcadores?
Biomarcadores, ou marcadores biológicos, são indicadores medidos e avaliados objetivamente como sinais de processos biológicos normais, processos patogênicos ou respostas farmacológicas a uma intervenção terapêutica. Eles podem ser moléculas, genes, características de imagem ou outros sinais que fornecem informações sobre o estado biológico de um organismo.
Tipos de biomarcadores
Existem vários tipos de biomarcadores, cada um com suas próprias aplicações específicas em diferentes áreas da Medicina, da Farmácia e da pesquisa em geral. A seguir, confira alguns dos principais tipos de biomarcadores e suas respectivas funções:
Imagem: Dot.Lib.
Biomarcadores na Medicina
Os biomarcadores desempenham um papel crucial na Medicina de Precisão ou Baseada em Evidências. Isso porque sua integração na prática clínica contribui para uma abordagem mais precisa, eficiente e segura na gestão da saúde, oferecendo tratamentos mais adaptados às necessidades específicas de cada paciente.
A importância dos biomarcadores nessa área pode ser detalhada em várias frentes:
1) Diagnóstico personalizado
Imagem: Canva.
- Permitem diagnósticos mais precisos e precoces, identificando a presença de doenças antes que os sintomas apareçam e o quadro se complique ou se torne irreversível;
- Facilitam a distinção entre diferentes subtipos de uma doença, permitindo um entendimento mais detalhado da condição do paciente.
2) Prognóstico individualizado
- Ajudam a prever o curso provável de uma doença em um paciente específico, permitindo que os médicos ajustem as estratégias de tratamento de acordo com o risco individual.
3) Seleção de tratamento
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- Identificam quais pacientes têm maior probabilidade de responder a determinados tratamentos, evitando terapias ineficazes e possíveis efeitos colaterais desnecessários;
- Guiam a escolha de medicamentos, dosagens e combinações de tratamentos baseados no perfil biomolecular do paciente.
4) Prevenção personalizada
- Identificam indivíduos em risco aumentado de desenvolver certas doenças, permitindo intervenções preventivas personalizadas;
- Guiam mudanças no estilo de vida e outras estratégias preventivas baseadas no risco individual.
Biomarcadores na Farmacologia
Ao integrar biomarcadores na Farmacologia, o desenvolvimento, produção e testagem dos medicamentos podem se tornar mais eficientes, rápidos, seguros, econômicos e personalizados, com bons resultados para os pacientes. Veja, a seguir, algumas das aplicações dos biomarcadores na Farmacologia:
1) Descoberta e desenvolvimento de fármacos
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- Identificação de alvos terapêuticos: biomarcadores podem ajudar a identificar novas moléculas ou vias biológicas que são importantes em doenças, servindo como alvos potenciais para novos medicamentos;
- Validação de alvos: eles ajudam a validar se um alvo biológico específico está realmente relacionado a uma doença e se modelá-lo pode ter um efeito terapêutico;
- Seleção de compostos: biomarcadores podem ser usados para selecionar e otimizar compostos candidatos com base em sua atividade biológica e potencial eficácia;
- Avaliação de segurança: biomarcadores de toxicidade podem ajudar a prever e monitorar possíveis efeitos colaterais de novos medicamentos durante o desenvolvimento pré-clínico e clínico.
2) Ensaios clínicos
- Estratificação de pacientes: biomarcadores podem ser usados para identificar subgrupos de pacientes que são mais propensos a responder ao tratamento, melhorando a eficiência e a eficácia dos ensaios clínicos;
- Monitoramento de eficácia: eles permitem o monitoramento contínuo da resposta ao tratamento durante os ensaios clínicos, facilitando ajustes na dosagem ou protocolo;
- Redução de tamanho de amostra e custo: usando biomarcadores, é possível reduzir o tamanho necessário da amostra e os custos associados aos ensaios clínicos, aumentando a probabilidade de sucesso.
3) Monitoramento da terapia e gestão de doenças
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- Ajuste de dosagem: eles permitem a personalização das doses de medicamentos para otimizar os resultados terapêuticos e minimizar os riscos;
- Monitoramento de resposta ao tratamento: biomarcadores podem ser usados para monitorar a resposta dos pacientes ao tratamento em tempo real, permitindo ajustes rápidos e informados na terapia;
- Detecção de resistência: eles podem ajudar a identificar o desenvolvimento de resistência a medicamentos, facilitando a mudança para terapias alternativas antes que a resistência se torne clinicamente significativa.
4) Farmacocinética e farmacodinâmica
- Estudos de PK/PD: biomarcadores são utilizados para entender a relação entre a concentração de um fármaco no corpo e seu efeito terapêutico, ajudando a otimizar o regime de dosagem;
- Modelagem e simulação: dados de biomarcadores podem ser incorporados em modelos farmacocinéticos e farmacodinâmicos para prever o comportamento de medicamentos em diferentes populações.
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Imagem: Dot.Lib / Karger.
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