Medicina Baseada em Evidências: o que é e como aplicar
Do curandeirismo, passando pelo remédio com ervas que nossas avós aplicavam nos ferimentos, ao atual uso de tecnologias como aliadas da medicina tradicional, a humanidade sempre buscou um aumento não só na qualidade de vida, como também seu prolongamento, por meio do exercício da medicina e de tratamentos capazes de curar as doenças mais complexas.
Apesar da técnica de “tentativa e erro” e das recomendações sem comprovação científica terem, de alguma forma, resistido ao tempo, a medicina sempre foi baseada em evidências.
No entanto, o método da Medicina Baseada em Evidências vem para aperfeiçoar o uso das evidências científicas, seja no tempo levado até o diagnóstico ou na eficácia do tratamento, diminuindo a margem de erro na prática clínica.
Ao longo do presente artigo, saiba em detalhes o que é a Medicina Baseada em Evidências, sua aplicação na rotina médica e uma dica de solução para a correta aplicação do método.
O que é Medicina Baseada em Evidências (MBE)?
De modo geral, a Medicina Baseada em Evidências (MBE) é uma prática clínica que visa a tomada de decisões a partir de evidências científicas (ou provas científicas) atualizadas e testadas pelo método científico; portanto, são confiáveis e seguras.
A prática da MBE é multidisciplinar, ou seja, adota técnicas não só da Medicina em si, mas de outras áreas do conhecimento, tais como: análises estatísticas e/ou de risco-benefício, meta-análises, experimentos clínicos aleatorizados e controlados, estudos epidemiológicos, entre outras.
Mais do que experiência clínica e resultados, a aplicação da Medicina Baseada em Evidências compreende, antes de tudo, saber pesquisar, encontrar, interpretar e aplicar essas descobertas de acordo com as necessidades de cada paciente, bem como mensurar e comunicar ao paciente os riscos e benefícios de cada tomada de decisão.
Como aplicar a MBE na prática clínica?
A tomada de decisão pela MBE é dividida em 4 passos-chave. São eles:
1) Formular a pergunta correta
A pergunta deve ser a mais clara e objetiva possível, delimitada ao tema e/ou contexto em que se deseja obter respostas. Dessa forma, o tempo gasto na revisão das respostas ou o risco de obter uma que não seja relevante ao paciente e seu respectivo quadro médico-hospitalar são reduzidos. Formular a pergunta de forma correta pode ser ainda mais importante do que acertar no diagnóstico resposta.
Uma dica recomendada para formular a pergunta é utilizar um modelo de quatro elementos a serem considerados: Paciente, Intervenção, Comparação e Resultado.
2) Procurar por evidências científicas
A busca por evidências não é etapa complexa, uma vez que são requisitadas pesquisas e análises de artigos publicados, com relatos de casos e estudos observacionais, em que um grupo é analisado para reunir maiores informações sobre uma determinada patologia ou medicamento. Existem ainda artigos que reúnem mais de um estudo acerca de determinado tema, aumentando a precisão nos resultados.
Para encontrar evidências, existem bancos de dados que contém diversos relatos de casos e estudos. Além disso, bibliotecários podem ser úteis na facilitação da busca pelas evidências.
3) Avaliar por evidências
Nesta fase, é hora de avaliar a credibilidade e a adequação das evidências descobertas e filtrá-las de acordo com as necessidades individuais do paciente para tomar uma decisão clínica.
Uma técnica utilizada para identificar se um estudo é útil para a pesquisa em questão é realizar três perguntas: 1) O estudo é válido? 2) Quais resultados foram obtidos com o estudo? 3) Esses resultados auxiliarão no cuidado clínico do meu paciente?
Ao realizar e refletir acerca desses questionamentos, será mais fácil determinar se deverá ou não aplicar a evidência ao caso do paciente em questão.
4) Aplicar as evidências na prática
Este é o momento de aplicar as evidências na prática clínica, relacionando-as com as necessidades observadas de forma individualizada e específica. Assim, será possível tomar uma decisão embasada e mais precisa sobre qual procedimento/tratamento seguir.
Confira no Cognys alguns artigos sobre Medicina Baseada em Evidências que exemplificam o passo-a-passo acima descrito.
Solução para implementação da MBE
Durante a corrida rotina médico-hospitalar, a equipe médica deve tomar decisões clínicas preocupando-se com as especificações de cada paciente e com a precisão e eficácia de suas escolhas.
Considerando que o tempo para as tomadas de decisão variam de acordo com o quadro apresentado pelo paciente, bem como pelo grau de urgência e as ferramentas à disposição, o ideal é que todo o material de apoio esteja em um só local de fácil acesso e usabilidade.
Dessa forma, o JAMAevidence surge como uma ajuda aos tomadores de decisão, integrando as melhores evidências disponíveis e colocando à disposição guias para a consideração sistemática da validade e do uso das estatísticas e métodos, além de um acervo robusto com diversos conteúdos educacionais.
O portal também disponibiliza ferramentas — como glossário, calculadora e fichas de trabalho interativas — que otimizam o tempo e ajudam a aperfeiçoar a aplicação da Medicina Baseada em Evidências, seja no ensino e aprendizado, seja na prática clínica.
Se você tem interesse nos conteúdos e recursos sobre Medicina Baseada em Evidências ofertados pelo JAMAevidence, consulte sobre a disponibilidade junto à biblioteca ou setor responsável de sua instituição acadêmica. Caso queira saber mais sobre o JAMAevidence para a sua instituição, contate-nos pelo e-mail ou pelo WhatsApp.
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