APA: câmera ligada durante reuniões de trabalho online pode gerar estresse
No contexto do distanciamento e isolamento social recomendados durante a pandemia de COVID-19, muitas das atividades antes feitas presencialmente passaram para o ambiente virtual, com o uso de câmeras. Apesar da praticidade que a tecnologia traz, um estudo publicado no Journal of Applied Psychology, da American Psychological Association (APA), sugere que abrir a webcam em reuniões pode gerar estresse. Foram analisadas 103 pessoas em cerca de 1.400 trechos de suas chamadas virtuais e os pesquisadores observaram que os participantes mostravam sinais de cansaço e tensão.
Isso porque, segundo o estudo, as pessoas se sentem (ou tendem a se sentir) pressionadas a sustentar uma postura de um profissional engajado diante de uma câmera. Outras situações que podem ocorrer durante as videochamadas, como tirar as crianças da sala e ou ter que administrar tarefas profissionais, domésticas e familiares ao mesmo tempo, podem gerar um desgaste psicológico e até mesmo levar à queda de produtividade. Por outro lado, os que participavam das reuniões com a câmera desligada mostravam um melhor desempenho nas atividades e na comunicação.
De acordo com a professora e autora do estudo conduzido pela Universidade do Arizona (Estados Unidos), Allison Gabriel, mulheres e funcionários recém-contratados tendem a sofrer mais com a pressão das câmeras ligadas. “As mulheres muitas vezes sentem uma pressão para serem perfeitas sem esforço ou têm maior probabilidade de interrupções no cuidado dos filhos. Já os funcionários mais novos imaginam que devem participar mais para mostrar produtividade”, afirma a cientista.
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