AAP: depressão pós-parto do pai duplica risco de experiências adversas do filho antes dos 5 anos
Um estudo apresentado na última Conferência e Exposição Nacional da American Academy of Pediatrics (AAP) mostrou que a depressão pós-parto também afeta o pai e, consequentemente, o modo como trata e educa seu filho. A condição advinda do lado paternal pode duplicar o risco de experiências adversas na criança — como disfunções domésticas e maus-tratos infantis — provocando problemas físicos e mentais antes dos 5 anos de vida, além de queda no desempenho escolar. A professora da Escola de Medicina da Universidade Rutgers (Estados Unidos) e autora do estudo, Kristine Schmitz avaliou 1.933 duplas compostas por pai e filho.
Em 75% dos casos, mães e pais não estavam casados ou moravam juntos. O estudo considerou como disfunções domésticas a ausência do pai, a depressão materna, o uso de substâncias, o encarceramento e a violência contra o cuidador. Já entre os tipos de maus-tratos infantis foram considerados os físicos, os psicológicos, os sexuais e a negligência. Os resultados mostraram que 9% dos pais apresentaram depressão após o nascimento do filho e que 70% das crianças experimentaram pelo menos uma das experiências adversas citadas anteriormente.
O perfil dos pais que apresentaram a condição psicológica era composto por 48% de negros não-hispânicos, 64% com formação no ensino médio ou em graus menores e 50% dos partos foram pagos por meio de assistência governamental de saúde para pessoas de baixa-renda. “A depressão paterna é subdiagnosticada e os pediatras estão em uma posição única para vincular os pais a apoios apropriados que podem beneficiar a si mesmos e às suas famílias”, explicou Schmitz. A pesquisadora também afirmou que os pais devem ser examinados para a depressão e receber o tratamento adequado a fim de reduzir o risco de adversidades que os seus filhos poderão enfrentar mais tarde.
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