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Confira 4 cientistas imprescindíveis no combate à COVID-19 no Brasil. (Fonte: iStock). Confira 4 cientistas imprescindíveis no combate à COVID-19 no Brasil. (Fonte: iStock).
4 cientistas brasileiros que fizeram a diferença no combate à COVID-19 no Brasil
  • Artigo
  • 30/04/2021
  • Edison Durigon, Amilcar Tanuri, pesquisadores brasileiros, Patricia Rocco, Marisa Dolhnikoff

A pandemia de COVID-19 no Brasil completou 1 ano no mês passado, mas segue quebrando recordes tristes e batendo recordes diariamente. Ainda que o processo de vacinação já tenha se iniciado em diversos países, o Brasil ainda caminha a passos lentos na imunização da população.

Em meio a esse cenário, os cientistas foram e continuam sendo fundamentais para o combate à pandemia de COVID-19 no Brasil. Os cientistas atuam de maneira incessante, seja para produzir artigos científicos que informem melhor os profissionais da saúde, seja com a busca por medicamentos mais eficazes e o desenvolvimento de vacinas.

No mês passado, a Dot.Lib destacou 4 cientistas brasileiras que foram imprescindíveis no enfrentamento da COVID-19 no país. Hoje a lista é estendida com mais 4 cientistas que foram fundamentais para conter o avanço e auxiliar no tratamento da doença no Brasil. Confira a lista a seguir.

Edison Durigon

Chefe do departamento de microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), Edison Durigon é um dos cientistas à frente do combate à COVID-19 no Brasil. 

Reconhecido como um dos principais virologistas do país, o cientista já esteve atuante em outras doenças infecciosas como a zika e o H1N1. Agora, na pandemia do novo coronavírus, foi responsável por isolar e cultivar o vírus em território nacional, junto à sua equipe, para distribuir aos pesquisadores do país no controle da reação do exame PCR.

Através de microscopia e cultura de células, o pesquisador e sua equipe conseguiram melhorar a qualidade dos testes de RT-PCR produzidos no Brasil. Além de possibilitar a distribuição do vírus inativo para laboratórios.

Patricia Rocco

Patricia Rocco é professora e chefe do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É considerada uma das maiores autoridades do Brasil na pesquisa e entendimento de patogêneses e desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para doenças respiratórias. Iniciou seus trabalhos com a COVID-19 em abril de 2020, no início da pandemia no Brasil.

A partir de estudos sobre o novo vírus, até então pouco conhecido, a médica começou a testar possíveis tratamentos eficazes para a COVID-19. Rocco encabeçou pesquisas acerca da utilização da nitazoxanida, mas o medicamento não apresentou eficácia comprovada contra o coronavírus.

Logo após, iniciou estudos com a injeção do cultivo de células tronco (mesenquimais) com apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em pacientes com a doença. A pesquisa, que ainda não passou por testes com placebos para que seja confirmada sua eficácia, pode melhorar a inflamação causada pelo vírus. Ela pode ser capaz de impedir a fibrose pulmonar em pacientes e conter complicações causadas por bactérias comuns em ambientes hospitalares, especialmente em Centros de Terapia Intensiva (CTI).

Marisa Dolhnikoff

Pneumologista e pesquisadora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Marisa Dolhnikoff foi uma das primeiras a iniciar os testes em pacientes que morreram infectados pela COVID-19.

Ao utilizar a técnica pioneira de Autópsias Minimamente Invasivas (AMI), a cientista conseguiu entender de que forma o SARS-CoV-2 afeta o corpo humano. Desta forma, foi possível conhecer o vírus, para que fossem propostos medicamentos para seu combate com mais rapidez; dando chance de reduzir a mortalidade pela doença e entender de que forma a infecção causada pode afetar o corpo a longo prazo.

Além disso, graças ao seu trabalho, Marisa tornou a atuação dos profissionais de saúde na linha de frente contra a doença mais segura. Isso porque todo o procedimento de autópsia foi realizado através de agulhas e ultrassom portátil, sem que fosse necessário abrir os corpos. As técnicas utilizadas foram fundamentais para entender quais são os mecanismos envolvidos nas perdas funcionais causadas pelos vírus.

Amilcar Tanuri

O virologista Amilcar Tanuri, chefe de biologia molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), conduz uma pesquisa que consiste na aplicação do método Crispr/Cas9 combinado ao vírus atenuado. A técnica foi criada pela francesa Emmanuelle Charpentier e a norte-americana Jennifer A. Doudna, tendo sido laureada no Prêmio Nobel de Química de 2020.

Um dos grandes cientistas brasileiros na área de virologia, médico e doutor em biofísica, Amilcar é um dos descobridores da variante P2 do novo coronavírus, identificado pela primeira vez no Rio de Janeiro. O cientista e sua equipe pretendem tornar a vacinação mais segura, utilizando a técnica de edição genética, retirando os genes que o tornam virulento e substituindo por outro sensível ao antiviral Aciclovir.

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