De acordo com especialistas, a doença crônica pode afetar negativamente a qualidade de vida (imagem: Canva).
The Journal of Rheumatology: impacto da artrite psoriática é maior em mulheres, diz estudo
Ainda que a atividade da artrite psoriática no organismo e o tratamento sejam semelhantes entre os sexos, as mulheres são as que mais sofrem com a sua manifestação. É o que indica um estudo transversal publicado recentemente no Journal of Rheumatology, que contou com a participação de 2.270 pacientes da Alemanha, da Espanha, dos Estados Unidos, da Itália e do Reino Unido. Os mais de 570 reumatologistas e dermatologistas envolvidos no estudo coletaram dados clínicos, demográficos, de qualidade de vida e produtividade no trabalho por meio de questionários específicos.
Os resultados revelaram que as mulheres portadoras da doença têm maior déficit na atividade laboral do que os homens (27,9% contra 24,6%, respectivamente) e maior incapacidade funcional (0,56 contra 0,41 dos homens, na escala HAQ-DI). No entanto, os homens apresentaram maior carga de comorbidades do que as mulheres (1,15 contra 1,10, respectivamente, na escala Charlson). Segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, a artrite psoriática ocorre em 20% a 30% dos pacientes com psoríase e é dividida em cinco subgrupos: artrite distal (que pode ser confundida com a artrose), padrão articular, padrão poliarticular, padrão axial, e artrite mutilante.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a artrite psoriática é uma doença crônica com fortes componentes genéticos. Os sintomas iniciais são os mesmos da psoríase e costumam surgir nos joelhos, cotovelos e couro cabeludo. As manifestações mais comuns são manchas avermelhadas com escamas secas, pequenas manchas residuais pós-lesões, coceira moderada ou severa e sensação de queimação, ardência e dor. Com o tempo, a doença evolui para as articulações, com inflamações dolorosas nos joelhos, cotovelos e dedos.
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