The Company of Biologists: memória genética de vírus antigos protegem o cérebro contra novas infecções
Um estudo publicado no Development — um periódico da The Company of Biologists — indica que certos genes resultantes de infecções que acometeram espécies ancestrais de humanos podem se tornar aliados do sistema imunológico e proteger o cérebro de novas infecções. Isso ocorre porque os genes virais foram incorporados ao DNA do hospedeiro infectado e depois transmitidos por gerações, muitas vezes desenvolvendo funções diferentes das originais ao longo do tempo.
Considerando isso, os pesquisadores resolveram analisar os genes RTL5 e RTL6, encontrados em quase todos os mamíferos há, pelo menos, 120 milhões de anos, e derivados dos genes encontrados em retrovírus, como o HIV. No laboratório, a equipe simulou infecções nos cérebros de camundongos para testar como a micróglia, um tipo de célula do sistema nervoso central, produtora de RTL5 ou RTL6 responderia a bactérias ou vírus.
Eles descobriram que a que contém a proteína RTL6 respondeu à imitação de bactéria, enquanto a do RTL5 reagiu à infecção viral. Quando os cientistas removeram o gene RTL6, os animais não conseguiam eliminar as falsas infecções bacterianas. Já os camundongos sem RTL5 não conseguiam eliminar as imitações virais, o que sugere que ambos os genes trabalham juntos na proteção do cérebro contra as infecções mais comuns.
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