RSNA: ressonância magnética revela potencial ao prever progressão da Doença de Parkinson
Um artigo publicado no periódico Radiology, da Radiological Society of North America (RSNA), revelou que a estrutura e função do cérebro exibidas na ressonância magnética podem prever a progressão da atrofia cerebral em pacientes com doença de Parkinson em estágio inicial. A pesquisa envolveu 86 pacientes com Parkinson leve e 60 participantes saudáveis, utilizando dados de ressonância magnética para criar um mapa das conexões neurais do cérebro, conhecido como conectoma. Os pesquisadores descobriram que esse mapa poderia ser utilizado para prever a propagação da atrofia cerebral.
Eles correlacionaram a exposição à doença com a atrofia cerebral observada após dois e três anos, respectivamente. Modelos que incorporavam a exposição à doença foram capazes de prever a progressão da atrofia da substância cinzenta em diversas áreas do cérebro ao longo de três anos. Segundo a coautora do estudo, Federica Agosta, os resultados indicam que as conexões funcionais e estruturais entre regiões do cérebro têm um papel significativo na progressão da doença de Parkinson. “Acreditamos que compreender a organização e a dinâmica da rede cerebral humana é um objetivo fundamental da neurociência, alcançável através do estudo do conectoma humano”, explicou Federica
Os achados sugerem que a ressonância magnética pode ser utilizada em ensaios de intervenção para prevenir ou retardar a progressão da doença, adaptando os modelos às informações individuais dos pacientes para uma eficácia maior. A doença de Parkinson, que afeta mais de 8,5 milhões de pessoas globalmente, é marcada por tremores, lentidão de movimentos e rigidez, podendo progredir para comprometimento cognitivo e problemas de sono. Uma característica distintiva da doença é a presença de versões alteradas da proteína alfa-sinucleína no cérebro, que se acumulam em aglomerados mal dobrados, conhecidos como corpos de Lewy e neuritos de Lewy, danificando as células nervosas.
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