RSNA: mudanças na matéria branca permitem identificar mutação genética associada ao Alzheimer
Uma pesquisa publicada em outubro deste ano no Radiology — um dos periódicos da Radiological Society of North America (RSNA) — mostra que a ressonância magnética pode ser uma aliada no diagnóstico precoce da doença de Alzheimer. Isso porque, por meio do procedimento e do uso de uma rede que reúne dados de pessoas com a enfermidade, foi possível comparar a formação da massa branca cerebral de portadores da mutação ADAD, causadora do Alzheimer, com a dos não portadores. Voluntariam-se para a pesquisa 30 portadores da alteração genética e 38 não portadores, com idade média entre 30 e 37 anos.
Todos possuíam cognição em estado normal quando foram submetidos à ressonância magnética e ao exame de imagem por tensor de difusão (DTI, na sigla em inglês). Os resultados mostraram que a integridade estrutural da substância branca do cérebro é menor em pessoas cognitivamente normais que carregam uma mutação genética associada à doença de Alzheimer do que em não portadores. Isso significa que pessoas que carregam a mutação de origem autossômica dominante têm um risco maior de manifestar a doença.
Essa alteração genética está ligada a um acúmulo de beta-amiloide no cérebro, que afeta tanto a substância cinzenta quanto a substância branca portadora do sinal. O neurorradiologista do MetroHealth Medical Center em Cleveland (Estados Unidos) e autor do estudo, Jeffrey W. Prescott, explicou que, além da ressonância magnética, o estudo usou uma medição de rede denominada eficiência global, na qual uma eficiência diminuída pode ser considerada uma falha na organização da rede. “Os resultados mostram que, para os portadores da mutação, a eficiência global diminuiria significativamente à medida que se aproximam da idade estimada de início dos sintomas”, afirma o pesquisador.
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