Procariontes preservados são encontrados em cristais de halita de 830 milhões de anos
Geólogos da Universidade da Virgínia do Oeste, nos Estados Unidos, descobriram restos de procariontes e algas preservados em rochas de halita — também conhecidas como cloreto de sódio ou sal-gema. De acordo com o estudo publicado em maio na GeoScienceWorld, os microrganismos têm cerca de 830 milhões de anos e ainda podem estar vivos.
Os cristais coletados na Formação Browne, na Austrália, continham inclusões fluidas — uma espécie de bolha líquida que funciona como um micro-habitat propício para a formação de uma colônia — nas quais os organismos estavam armazenados. O estudo descreve que “os microrganismos podem sobreviver em inclusões de fluidos por meio de mudanças metabólicas, incluindo estágios de fome e cistos, e coexistência com compostos orgânicos ou células mortas que podem servir como fontes de nutrientes”.
A extração das amostras procariontes foi realizada com o auxílio de luz transmitida e petrografia ultravioleta-visível (UV-vis) e contém informações científicas consideradas valiosas, como a temperatura e composição química da água no momento de sua formação e, possivelmente, da temperatura atmosférica. Segundo os cientistas, a descoberta não só ajuda a contar a história geológica do planeta Terra, mas também auxilia os estudos sobre a possibilidade de vida em Marte, onde é possível encontrar diversos depósitos do mineral semelhantes aos da formação australiana.
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