JNS: protocolo de assepsia pode reduzir risco de infecção em adultos com hidrocefalia
A implementação de um protocolo preventivo baseado em evidências e com baixo custo hospitalar mostrou alto potencial de reduzir as chances de infecções por aplicação de derivação ventrículo-peritoneal (DVP) em pacientes adultos com hidrocefalia. É o que mostra um estudo preliminar realizado por pesquisadores da Universidade de Calgary, em Alberta (Canadá) cujos resultados foram detalhados em artigo publicado na última terça-feira (02) no Journal of Neurosurgery (JNS).
Denominado Calgary Adult Shunt Infection Prevention Protocol (CASIPP), o conjunto de práticas consiste em substituir o uso rotineiro de iodopovidona, um antisséptico pré-operatório da pele, por gluconato de clorexidina a 2% em álcool isopropílico a 70% sem o uso de cateteres impregnados com antibióticos. A implementação do CASIPP reduziu drasticamente a taxa de sepse, chegando a 0% em 379 procedimentos consecutivos; anteriormente, quando não havia um protocolo do tipo, a taxa de infecção por derivação era de 5,8%.
A inserção de DVP está entre os procedimentos mais realizados por neurocirurgiões e consiste na aplicação de um dispositivo que alivia a pressão cerebral gerada pelo acúmulo de líquido. No entanto, sem uma assepsia específica, a técnica pode acarretar infecções de derivação em adultos e causar doenças graves que podem requerer intervenções cirúrgicas adicionais, tratamento prolongado com antibióticos intravenosos e internações hospitalares prolongadas. Os autores afirmam que estudos multicêntricos maiores devem ser concluídos para verificar a eficácia do protocolo.
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