A terapia por vídeo, com a presença dos pais, mostrou-se mais eficaz que o método usual (Fonte: iStock).
JAMA: terapia conduzida pelos pais reduz até 75% diagnóstico de autismo em bebês
A terapia preventiva conduzida pelos pais pode reduzir a probabilidade de diagnóstico de autismo já na primeira infância. É o que indica um estudo internacional publicado no JAMA Pediatrics e realizado pela Universidade da Austrália, em parceria com o Instituto Telethon Kids. Segundo os pesquisadores, a descoberta traz as primeiras evidências em todo o mundo de que intervenções preventivas em crianças autistas podem melhorar significativamente seu desenvolvimento social.
Durante cinco meses, os cientistas avaliaram 89 bebês de 9 a 14 meses de vida que apresentavam sinais precoces do espectro autista. O objetivo era descobrir os efeitos de uma terapia preventiva por vídeo denominada iBasis-Vipp no desenvolvimento neurológico e comunicacional das crianças. Os pacientes foram divididos em grupo de controle (fizeram a terapia por método usual) e grupo de teste (receberam terapia por vídeo). Depois, todos completaram uma avaliação no início do estudo, ao término da terapia e quando completaram 2 a 3 anos.
Resultado: o diagnóstico clínico de autismo aos 3 anos foi 75% menor nas crianças que realizaram a terapia preventiva (iBasis-Vipp), comparado com as submetidas à abordagem usual. Para o autor do estudo, Andrew Whitehouse, muitas terapias visam substituir as diferenças de desenvolvimento por comportamentos considerados “típicos”. No entanto, o tratamento pelo iBasis-Vipp consiste em trabalhar, de modo individual e personalizado, as habilidades específicas de cada criança em um ambiente propício para seu aprendizado. Além disso, os pais recebem feedbacks periódicos por vídeo para ajudá-los a compreender melhor as habilidades únicas de seus filhos e incentivá-las.
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