JAMA solicita explicações acerca de estudo científico sobre o aducanumab
O Journal of American Medical Association (JAMA) solicitou à Biogen explicações sobre os dados de eficácia e segurança após a revisão do estudo científico de seu medicamento, o aducanumab, desenvolvido para o tratamento da doença de Alzheimer. A Biogen teria se recusado a fornecer os dados e, em entrevista à revista Superinteressante, afirmou que não comentaria o caso para “para proteger a integridade do processo de revisão científica”.
A recusa da farmacêutica responsável em fornecer as informações — algo incomum no meio científico — levantou suspeitas por parte da tradicional editora de Medicina, que adota a revisão por pares, na qual cientistas independentes revisam os estudos antes de serem publicados. A repercussão negativa chegou ao Congresso dos Estados Unidos, cujos deputados exigiram ao Food and Drugs Administration (FDA) uma auditoria interna sobre o fármaco.
Além disso, o aducanumab foi aceito em apenas 120 clínicas das 900 previstas inicialmente, gerando pressão por parte dos familiares de pacientes com Alzheimer para o uso do medicamento. No entanto, um estudo divulgado em janeiro pelo JAMA Neurology mostrou que os efeitos adversos do remédio podem ser comuns e severos: 41,3% dos pacientes tratados com a substância apresentaram “anormalidades de imagem” em exames do cérebro, como o edema cerebral registrado em 35% dos pacientes, dos quais 26% relataram como dor de cabeça, tontura e confusão mental.
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