JAMA: escolaridade alta está associada a envelhecimento mais lento e vida longa, aponta estudo
Um estudo publicado no JAMA Network Open sugere que pessoas com maior escolaridade tendem a envelhecer mais lentamente e a viver mais tempo do que aquelas que não alcançaram tal nível. Chamada de "Framingham Heart Study", a pesquisa foi realizada pela Universidade de Columbia e pelo Robert N. Butler Columbia Aging Center (Estados Unidos) e contou com dados de 14.106 participantes. Para entender a associação entre escolaridade, envelhecimento e mortalidade, os cientistas utilizaram um algoritmo conhecido como relógio epigenético DunedinPACE, que mede o ritmo de envelhecimento por meio de DNA coletado de amostras de sangue.
Na comparação entre pais e filhos, eles descobriram que cada dois anos adicionais de escolaridade resultaram em um ritmo de envelhecimento de 2% a 3% mais lento, correspondendo a uma redução de cerca de 10% no risco de mortalidade. Ao comparar irmãos com diferentes níveis de escolaridade, a equipe conseguiu isolar os efeitos do ensino acadêmico, observando que um aumento na escolaridade está relacionado a um ritmo mais lento de envelhecimento. O "Framingham Heart Study" é um estudo observacional iniciado em 1948 que abrange atualmente três gerações, sendo o primeiro a relacionar a mobilidade educacional com o ritmo do envelhecimento biológico e da mortalidade.
Os resultados destacam a importância da educação na promoção do envelhecimento saudável e sugerem que intervenções para promover o sucesso educacional podem desacelerar o ritmo do envelhecimento biológico. No entanto, os pesquisadores ressaltam a necessidade de mais evidências experimentais para confirmar essas descobertas e apontam que os relógios epigenéticos, como o DunedinPACE, têm o potencial de fornecer resultados que reflitam os impactos da educação no envelhecimento saudável antes do aparecimento de doenças e incapacidades mais tarde na vida.
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