Identificação de blocos fundamentais de RNA e DNA reforça teorias de que planetoides trouxeram elementos essenciais à vida (imagem: Canva).
IET: descobertas no asteroide Bennu reforçam hipóteses sobre a origem da vida na Terra
A NASA confirmou a presença de blocos fundamentais do DNA e RNA em amostras coletadas do asteroide Bennu pela missão OSIRIS-REx, de acordo com a publicação da Engineering and Technology, um periódico do The Institution of Engineering and Technology (IET). A cápsula, que retornou à Terra em setembro de 2023 com 121g de material, trouxe evidências de nucleobases essenciais à vida, além de compostos como xantina, hipoxantina e ácido nicotínico (vitamina B3). Esses achados reforçam teorias de que os asteroides podem ter contribuído para o surgimento da vida na Terra, transportando componentes químicos essenciais há bilhões de anos.
A análise das amostras foi conduzida em ambiente controlado para evitar contaminação e revelou uma concentração de N-heterociclos cinco a dez vezes maior do que a encontrada no asteroide Ryugu, estudado anteriormente pela agência espacial japonesa. Os pesquisadores identificaram diferenças significativas entre os asteroides Bennu e Ryugu no que diz respeito a abundância e complexidade dessas moléculas, sugerindo que os asteroides passaram por condições ambientais distintas no espaço.
Segundo a equipe, a maior presença de pirimidinas em Bennu pode estar associada à exposição a uma nuvem molecular fria, um ambiente propício à sua formação. Além de suas implicações astrobiológicas, Bennu também desperta interesse por sua trajetória. Em 2021, a NASA recalculou sua órbita e determinou que a probabilidade de impacto com a Terra no próximo século, embora ainda pequena, é maior do que se pensava. As investigações sobre a composição e o comportamento do asteroide podem fornecer dados valiosos tanto para a compreensão da origem da vida quanto para futuras estratégias de defesa planetária.
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