Técnica que combina o cloro à luz ultravioleta conseguiu remover até 88% do gás presente no ar (imagem: Canva).
IET: cientistas desenvolvem método promissor que reduz emissões de metano
Uma equipe de cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, revelou um avanço significativo no combate às emissões de metano. De acordo com publicação do The Institution of Engineering and Technology (IET), a combinação de luz ultravioleta e cloro produziu uma reação química capaz de remover até 88% do metano presente no ar. Um dos gases de efeito estufa mais prejudiciais depois do dióxido de carbono, o metano é especialmente proveniente de fontes como instalações de criação de gado, produção de biogás e estações de tratamento de águas residuais.
O processo, que utiliza uma reação em cadeia de compostos químicos acionados por cloro e luz, demonstrou ser 100 milhões de vezes mais rápido do que a degradação natural do metano. Os pesquisadores planejam testar sua eficácia em um protótipo maior, um contentor de 40 pés, que poderia ser integrado aos sistemas de ventilação de celeiros para a remoção de metano em escala prática. Ele ressaltou que a maioria das emissões de metano vem de inúmeras fontes de baixa concentração, como celeiros de animais, o que tornava desafiador concentrar ou remover esse gás. No entanto, o novo método desenvolvido pela equipe mostra-se promissor nesse sentido.
A Agência Internacional de Energia (AIE) defende a redução das emissões de metano, indicando que 75% delas são da indústria de petróleo e gás. Ainda, metade das emissões provenientes do carvão poderiam ser reduzidas com tecnologias existentes, ao custo de menos de 2% do rendimento líquido desta indústria em 2022. A mitigação do metano traria não só benefícios ambientais, mas também econômicos, evitando mortes prematuras e perdas na produção de alimentos, além de desacelerar o processo de aquecimento global.
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