Farmácia clínica e o escore Martinbiancho
A Farmácia Clínica é uma área que vem ganhando espaço em diversas unidades de saúde e comprovando sua importância na melhoria do atendimento ao paciente e no suporte a tratamentos mais efetivos. Por meio da resolução do Conselho Nacional de Saúde, criada em 2004 — na qual foi homologada a Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF) — a área apresentou grandes evoluções.
Para facilitar a avaliação do farmacêutico clínico, foram desenvolvidas técnicas de monitoramento contínuo, que têm como finalidade a identificação e resolução de problemas relacionados à área medicamentosa em âmbito hospitalar. O escore de risco ajuda a direcionar o trabalho do farmacêutico na assistência ao paciente, priorizando aqueles que apresentam maiores valores acumulados no escore.
Nesse contexto, conheça o escore Martinbiancho e quais são os principais fatores analisados para determinar quais pacientes necessitam de maior atenção e cuidados farmacêuticos mais pontuais. Confira a seguir.
O que é o escore Martinbiancho
Imagem: Canva.
O escore Martinbiancho, desenvolvido pela farmacêutica clínica brasileira Jacqueline Kohut Martinbiancho, é uma ferramenta utilizada para a avaliação de risco de pacientes, determinando aqueles que necessitam de atenção redobrada e primordial. O escore traça o perfil dos pacientes considerando fatores como patologia de base, com fatores de risco farmacológico associado, problemas no uso de medicamentos e suas interações etc..
A análise é feita a partir da avaliação das condições do paciente. Para isso, devem ser respondidas questões como: quantidade de medicamentos em uso e quais deles são intravenosos; se faz uso de fármacos potencialmente perigosos, quantos são e quais as posologias; se está fazendo uso de sonda; a idade do paciente; se ele apresenta problemas renais e/ou hepáticos e se é imunossuprimido e/ou imunocomprometido.
Critérios de definição para acompanhamento
Após a análise da pontuação, são aplicados critérios de definição para acompanhamento do paciente de acordo com o escore marcado em seu perfil. Para isso, são utilizadas três categorias que indicam o risco de cada paciente de acordo com seu quadro clínico.
Imagem: Canva.
Caso o somatório de pontos apresente resultado ≥ 9, o paciente é considerado de alto risco e deve ser priorizado, já que os fatores de risco elevados fazem necessário o acompanhamento. Desta forma, é importante que a prescrição de medicamentos seja realizada diariamente, com análise de interações medicamentosas, incompatibilidades e busca ativa de Reações Adversas a Medicamentos a cada 2 dias.
Já em casos que resultam de 5 a 8 pontos, o paciente é considerado de risco moderado, o que significa que ele necessita de acompanhamento, mas não emergencial. Semelhante aos de risco alto, os pacientes de risco moderado também necessitam dos seguintes cuidados: acompanhamento diário da prescrição médica, análise de interações medicamentosas e incompatibilidades, busca ativa de Reações Adversas a Medicamentos. No entanto, a checagem completa deve ser realizada a cada 3 dias.
Por fim, se a pontuação resultar em ≤ 4, o paciente é considerado de baixo risco e devem ser apenas observados e monitorados diariamente. Todo o conhecimento para a elaboração do conteúdo foi retirado do livro “Medicamentos na prática da farmácia clínica” (Artmed, 2013) e do artigo “Development of risk score to hospitalized patients for clinical pharmacy rationalization in a high complexity hospital”, produzido por Jacqueline Martinbiancho.
Um recurso para farmacêuticos
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