Disseminação da informação científica na era das mudanças climáticas
Desde a realização da Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro (ou ECO 92) — ocasião na qual se debateu pela primeira vez de forma oficial os problemas ambientais — é fato notório que a intervenção humana desenfreada tem sido a maior aceleradora das mudanças climáticas. A essas intervenções, dá-se o nome de Antropoceno: era geológica na qual o homem já está inserido na natureza e é capaz de transformá-la profundamente por meio de processos complexos.
De acordo com a ONG WWF, atividades industriais e agropecuárias frequentemente são apontadas como exemplos desses processos, sendo as maiores propulsoras da degradação ambiental, por meio do desmatamento, queima de combustíveis fósseis, e atividades que emitem grande quantidade de CO² e de gases formadores do efeito estufa.
Uma das consequências ambientais das ações citadas acima é o aquecimento global, que é amplamente definido como aumento da temperatura média dos oceanos e do ar mais próximos da superfície terrestre. Por sua vez, a temperatura da água dos mares aumenta, o que acaba por derreter as calotas polares e aumentar o nível dos oceanos.
Um exemplo disso foi o desmoronamento de uma plataforma de gelo na Antártida Oriental entre os dias 14 e 16 de março deste ano. Esse poderia ser mais um evento relativamente comum na região durante o outono e primavera do hemisfério sul, não fosse pelos seguintes fatos: o tamanho da plataforma era equivalente ao da cidade do Rio de Janeiro e aconteceu em uma área que, por anos, foi considerada pelos cientistas como estável diante dos efeitos provocados pelas mudanças climáticas.
(Imagem: iStock)
O colapso foi registrado por imagens de satélite após uma estranha onda de calor que deixou a região 40º Celsius mais quente do que o normal, fato que marca a primeira vez na história da Humanidade que um acontecimento de tal grandeza ocorre no polo sul. Os cientistas que estudam e monitoram a área — a região das geleiras de Conger e Glenzer — mostraram preocupação com a queda da plataforma, uma vez que as suposições sobre a estabilidade da região no que diz respeito ao degelo e quebras glaciais podem estar equivocadas.
A pesquisadora Catherine Walker, do Departamento de Física e Engenharia Oceânica Aplicada do Woods Hole Oceanographic Institution, afirmou que os cientistas nunca viram tal fenômeno naquele local. "A plataforma de gelo Glenzer Conger provavelmente estava lá há milhares de anos e nunca mais estará lá novamente (...). Provavelmente estamos vendo o resultado de muito tempo de aumento do aquecimento do oceano lá", comentou Walker.
Como entender as reações da natureza diante das mudanças climáticas e distingui-las entre transformações naturais e consequências da intervenção humana? Como saber ou mensurar o impacto a curto, médio e longo prazos para a humanidade? É possível evitarmos que catástrofes como essas continuem ou, ao menos, amenizar seus efeitos? Questões como essas mostram outro grande problema da atualidade: a defasagem na propagação dos conhecimentos e descobertas das Geociências.
Informação científica como aliada da preservação ambiental
(Imagem: iStock)
As sociedades pelo mundo têm compreendido a importância da participação ativa, seja na mudança da mentalidade por meio de ações culturais e educacionais, seja na formulação das políticas públicas. Por sua vez e neste caso em especial, essa mudança só ocorre de modo seguro e eficaz se guiada por evidências científicas já disponíveis. Assim, é necessário que organizações pelo mundo agrupem e cataloguem todas as descobertas no campo das geociências, criando um acervo que auxilie nas tomadas de decisão tanto das iniciativas públicas, quanto das privadas e individuais.
Em resposta a essa demanda, que vem tanto da comunidade científica, dos formuladores de políticas públicas e de especialistas, surge a Environmental Impact, da CABI. Este é um recurso online que agrega uma infinidade de informações bibliográficas que cobre dados sobre as influências humanas na biosfera, incluindo poluição, desmatamento, desertificação e perda de habitat e mudanças climáticas.
A plataforma reúne mais de 2,7 milhões de registros bibliográficos derivados do CAB Abstracts, cerca de 7.700 periódicos indexados e publicações não seriais, incluindo livros, relatórios, teses e conferências, além de mais de 425 revisões de artigos relevantes e de 240 e-Books da lista de ciências ambientais.
(Imagem: CABI/Environmental Impact)
Os conteúdos da Environmental Impact abrangem as publicações a partir de 1910 até a atualidade e cobrem os seguintes temas: estratégias de adaptação e mitigação das mudanças climáticas; efeitos das mudanças ambientais na agrometeorologia, climatologia, entre outros e os efeitos antropogênicos na biosfera.
Se você ficou interessado em saber mais sobre o Environmental Impact, uma das ferramentas mais completas no estudo e compreensão das Geociências com selo de qualidade CABI, entre em contato conosco pelo WhatsApp, pelo e-mail info@dotlib.com ou preencha o formulário clicando aqui.
Sobre a CABI
(Imagem: CABI/Dot.Lib)
A CABI é uma organização sem fins lucrativos de desenvolvimento e informação com base científica. Seu objetivo é melhorar a qualidade de vida das pessoas fornecendo informações e aplicando conhecimentos científicos na resolução de problemas na agricultura, medicina veterinária, saúde humana e meio ambiente.
A organização ajuda a enfrentar os desafios da segurança alimentar, auxiliando os agricultores a produzir mais e a melhorar o rendimento das culturas, além de proteger o meio ambiente. Os 46 países membros da CABI ajudam a orientar as atividades realizadas, que incluem publicações científicas, projetos de desenvolvimento e pesquisa e serviços microbianos.
A base de dados da CABI é uma das mais abrangentes nos conhecimentos em Ciências da Terra, cobrindo disciplinas como agricultura, meio-ambiente, ciências veterinárias, economia aplicada, ciência dos alimentos, nutrição, lazer e turismo.
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