Os oligodendrócitos são conhecidos por produzir a bainha de mielina em neurônios do sistema nervoso central (imagem: Canva).
CSHL: células gliais mostram potencial para tratar distúrbios do neurodesenvolvimento
Os oligodendrócitos — ou OPCs em inglês, uma das principais células gliais presentes nos sistema nervoso central — são conhecidos por produzir a bainha de mielina nos neurônios, protegendo os circuitos neurais. Mas os cientistas do Cold Spring Harbour Laboratory (CSHL) descobriram que essas células ajudam a moldar o cérebro durante o desenvolvimento inicial e podem auxiliar na formulação de estratégias de tratamento potencial para condições do neurodesenvolvimento, como esquizofrenia e transtorno do espectro autista (TEA).
Para identificar esse potencial, os pesquisadores usaram microscópios de alta potência para examinar os cérebros de camundongos adultos. Eles notaram que muitos oligodendrócitos estavam “engolindo” ativamente as sinapses entre os neurônios e suspeitaram que as células pudessem estar ocupadas eliminando conexões das quais o cérebro não precisava. No entanto, ao examinar o cérebro de camundongos mais jovens criados no escuro e expostos pela primeira vez à luz, a equipe percebeu que essas células começaram a realizar o mesmo processo cerebral dos animais adultos.
De acordo com o Ph.D. em neurociência pela Universidade de Yale e autor do estudo, Lucas Cheadle, as células estavam operando nos circuitos de processamento de visão do cérebro. “Os OPCs parecem estar especialmente preparados para regular as conexões cerebrais associadas às experiências. Essas células são muito responsivas a novas experiências. Elas podem pegar essa informação e usá-la para moldar as conexões cerebrais”, explicou o pesquisador. Ele e sua equipe planejam investigar se a eliminação da OPC defeituosa teria um desempenho efetivo em distúrbios do desenvolvimento neurológico.
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