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Um novo estudo, publicado no BMJ (British Medical Journal) analisou as consequências da Covid longa depois de um ano após infecções leves pelo vírus SARS-CoV-2. Entre as principais descobertas feitas no estudo, está a de que após 1 ano a grande maioria dos sintomas desenvolvidos em função da doença desaparecem em casos leves e moderados da doença.

Os resultados da pesquisa corroboram para dar uma resposta à pergunta que a ciência se faz desde o início da pandemia e que continua até hoje: quais as sequelas da COVID-19? Após quase 3 anos desde o início da pandemia, todas as sequelas começam a ficar cada vez mais claras.

Entender como funciona a doença não só durante o processo de infecção, mas também após a recuperação e como todos esses fatores se associam a outros fatores como a vacinação, o tratamento e a saúde em geral ajudam a traçar estratégias mais eficientes de combate e prevenção ao vírus.

A pesquisa

O objetivo do estudo foi determinar as sequelas clínicas da Covid longa depois de um ano completo da infeccção em pacientes com a versão leve da doença e avaliar a associação destas sequelas com 4 fatores, sendo eles idade, sexo, variantes do SARS-CoV-2 e status de vacinação.

Para isso, o estudo analisou uma população de 1.913.234 pessoas de todas as idades que realizaram teste para a Covid-19 entre março de 2020 e outubro de 2021, independente de resultados positivos ou negativos. A pesquisa utilizou a base de dados do Maccabi Healthcare Services (MHS), a segunda maior organização de saúde em Israel. Com a escolha, o estudo foi capaz de analisar um quarto da população do país com representatividade e distribuição sociodemográfica.

Resultados e conclusões

Os principais resultados da pesquisa apontam que o principal sintoma da a infecção longa por Covid-19 são a anosmia e a disgeusia, que podem aparecer tanto no começo quanto no fim da infecção pelo vírus. Em sequência, segundo o estudo, aparecem prejuízo cognitivo, falta de ar, fraqueza e palpitações.

Segundo o estudo, sintomas como perda de cabelo, dores no peito, tosse, mialgia e problemas respiratórios foram significativamente maiores apenas no estágio inicial da doença. Os resultados foram consistentes nas diversas variantes do SARS-CoV-2 analisadas. No que diz respeito a pacientes vacinados, o estudo aponta que, em comparação com os não vacinados, os imunizados apresentaram um risco menor de apresentar falta de ar e riscos similares para outros sintomas.

A conclusão final do estudo relata que o estudo sugere que pacientes infectados pela versão leve da Covid-19 têm risco de desenvolver um pequeno número de sequelas, mas que a maioria delas desaparecem dentro de 1 ano após o diagnóstico. A pesquisa também apontou que crianças tiveram menos sequelas, e a maioria destas somem no final da infecção. Fatores como variantes e sexo tiveram pouco impacto no risco para sequelas.

BMJ

A BMJ é uma empresa que atua há mais de 170 anos oferecendo o que há de melhor no quesito informações médicas. Com o mais alto padrão de recursos, a BMJ busca aprimorar os resultados para evoluir o tratamento dos pacientes e a prestação de cuidados com a saúde em todo o mundo.

Para isso, a BMJ conta com diversos produtos. O principal deles é o British Medical Journal, um dos periódicos médicos internacionais arbitrados mais renomados do mundo. A publicação, que é produzida há mais de 180 anos, é considerada uma das 100 publicações mais influentes do mundo em medicina e biologia dos últimos 100 anos pela Associação Americana de Bibliotecas Especializadas.

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