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COVID-19: 4 elementos essenciais para preparar um sistema de saúde
  • Artigo
  • Dotlib, Saúde Pública, Ciências da Saúde, COVID-19
  • 13/05/2020
  • coronavírus, NEJM, sistema de saúde
“Em tempos de crise, os líderes dos sistemas de saúde precisam de uma abordagem clara e sistemática que lhes permita avaliar rapidamente necessidades críticas, identificar áreas de fraqueza e desenvolver um plano estratégico de ataque.”

Extraído do artigo “Práticas recomendadas para um plano de preparação Covid-19 para sistemas de saúde - New England Journal of Medicine (NEJM)”


Durante uma crise na saúde pública, desenvolver um plano de ação para estruturar como os estabelecimentos de saúde devem atuar é essencial. A atual pandemia produziu nos líderes de organizações de saúde a necessidade de preparar estratégias para evitar uma disseminação mais elevada nos números de casos de infectados e óbitos
, além de um colapso no sistema de saúde. 

A medicina e os sistemas de saúde de diversos países estão preparados para enfrentar uma pandemia?

De acordo com o relatório do Índice Global de Segurança Sanitária (GHS) 2019 a primeira avaliação abrangente dos recursos globais de segurança sanitária constatou que nenhum país está totalmente preparado para epidemias ou pandemias e têm lacunas importantes para resolver. A pontuação média dos 195 países analisados foi 40,2 em uma escala de 100 e o Brasil ocupa a 22º colocação com a pontuação média de 59,7 (categoria “um pouco” preparado). 

Então, como os líderes em saúde podem planejar suas estratégias em suas instalações para enfrentar uma crise?

Um artigo publicado no periódico New England Journal of Medicine (NEJM) abordou quais seriam os 4 elementos essenciais de um plano de ação eficiente para preparar um sistema de saúde em tempos de pandemia. As recomendações foram desenvolvidas a partir da colaboração de 18 fornecedores com experiência coletiva em melhoria de qualidade, segurança do paciente, administração de serviços de saúde e atendimento clínico nas linhas de frente da pandemia bolsistas presidenciais de liderança , Aspen Institute Health Innovators ou Eisenhower Fellows e suas equipes. Veja abaixo quais são esses pilares:

1 - Mitigação da transmissão local

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Para evitar o avanço da doença, o estudo destaca a importância de incluir 3 medidas importantes que abrangem esse pilar. A primeira é limitar o número de pessoas que entram nos hospitais ou clínicas para proteger os pacientes e profissionais de saúde da exposição do COVID-19 e diminuir a transmissão local. É recomendável o paciente permanecer em casa e apenas em casos de urgência comparecer nos hospitais.

O segundo, é reduzir a equipe de funcionários para atuação presencial apenas dos considerados essenciais como: médicos, prestadores de serviços, enfermeiros, técnicos, funcionários de alimentação. Por último, qualquer pessoa que tenha acesso aos hospitais deve ser examinada fora do ponto de entrada de risco da doença e isso pode ser feito por triagem através de ativos avaliação de febre, perguntas sobre sintomas ou triagem passiva, com sinalização em todas as entradas com perguntas de triagem.

Ressalta ainda que os profissionais de saúde que apresentarem resultados positivos, porém estáveis devem ser enviados para casa para cumprir a quarentena, conforme recomendações dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Além disso, estacionamentos ou espaços fora da instalação podem ser utilizados para exames drive-thru.

2 - Conservação, proteção e apoio ao profissionais de saúde

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Prover assistência aos profissionais de saúde, principalmente aqueles na linha de frente atuando no combate ao vírus, é um fator de extrema importância para manter uma força de trabalho ativa. As ações estratégicas com esse grupo devem ser desenvolvidas e implementadas de forma preventiva.

O estudo apresenta recomendações como: as unidades de saúde podem alternar a equipe em ambientes de alto risco, prestar serviços de telemedicina, administrar clínicas virtuais, fornecer e preservar os equipamentos de EPI, liberar anestesiologistas para prestar cuidados na UTI, conservar a equipe de backup para uma possível necessidade, adiar procedimentos eletivos procedimentos médicos que são agendados, ou seja, não são considerados de urgência e emergência.

Apoiar o corpo clínico e administrativo é essencial para um planejamento eficiente em tempos de crise. Dessa forma, as medidas citadas são formas de proteger e evitar a exposição desnecessária da equipe ao vírus. 

3 - Eliminação de deformações não urgentes no sistema

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Entende-se que, atualmente, a infecção respiratória causada pelo SARS-CoV-2 é a principal demanda dos sistemas de saúde, porém outras necessidades médicas acontecem neste período. No entanto, diante de uma crise a recomendação é reagendar procedimentos eletivos.

A pesquisa aborda que reduzir os riscos de infecção cruzada e economizar recursos deve ser a primeira prioridade. Essa estratégia pode auxiliar na economia no consumo de EPIs e salas de andar, favorecer a abertura de salas de procedimentos para casos mais emergentes, minimizar a exposição desnecessária ao vírus e, principalmente, tornar possível deslocar profissionais e equipamentos de saúde para lugares de maior necessidade. 

4 - Coordenar a comunicação


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Por ser um vírus recente, muitas pesquisas estão sendo realizadas para entender sua atuação em diversos órgãos e suas manifestações. Novas descobertas surgem e mudanças constantes estão em progresso, assim, surge a necessidade de manter uma comunicação regular entre a liderança da entidade e a equipe de saúde da linha de frente.

Outras medidas como: estabelecer uma equipe de resposta focada em assuntos que abrangem a COVID-19, divulgar informações diárias para toda equipe são protocolos que devem ser adotados neste planejamento estratégico.

Ação proativa

O estudo enfatiza a importância dos gestores dos sistemas de saúde implantarem ações de forma proativa e não esperar para tomar ações mais focadas em um momento mais crítico, por exemplo, com números crescentes de infecções. Implementar ações antecipadas com a adoção de medidas preventivas pode evitar prejuízos mais elevados para as instituições, além de favorecer para que continuem realizando as atividades operacionais. No entanto, trabalhando de forma mais planejada e eficiente.

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