Dot.lib

Com o intuito de te manter atualizado com o que há de melhor na pesquisa científica, a Dot.Lib traz mensalmente os conteúdos mais lidos em renomados periódicos de Farmácia e Farmacologia. A seguir, confira os artigos mais acessados do Pharmacotherapy, periódico da Wiley, em janeiro de 2025.

1) Adequação da cefepima em pacientes críticos

Os cientistas da Anesthesia Clinical Research Unit (ACRU) da Mayo Clinic, nos Estados Unidos, investigaram a adequação das concentrações de cefepima durante as primeiras 24 horas de doença crítica em 100 pacientes adultos. Por meio de um modelo farmacocinético de um compartimento, a equipe descobriu que 70% dos pacientes não atingiram 100% do tempo com concentrações livres de cefepima acima de 8 mg/L. A medida é considerada necessária para que o medicamento seja eficaz contra a bactéria Pseudomonas aeruginosa.

O estudo identificou que uma menor pontuação no escore de avaliação sequencial de falência de órgãos (SOFA) e uma maior taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) estavam associadas a uma menor porcentagem de tempo com concentrações adequadas de cefepima. Além disso, infecções do sistema nervoso central foram associadas a uma maior adequação das concentrações. Os autores concluíram que há uma necessidade de otimizar a terapia antimicrobiana para melhorar a precisão da farmacoterapia em pacientes criticamente enfermos.

Para ler o artigo, clique aqui.

2) Terapias de fluidos e vasoativos em pacientes críticos

Os desafios e considerações na aplicação de terapias de fluidos e medicamentos vasoativos de forma personalizada para pacientes adultos em estado crítico estão entre os assuntos mais lidos no Pharmacotherapy em janeiro de 2025. Os autores explicam que, embora existam diretrizes clínicas sobre o uso dessas terapias, muitas recomendações são baseadas em evidências de baixa qualidade e podem não refletir os achados de estudos clínicos mais recentes.

O estudo enfatiza a importância da Medicina de precisão no tratamento de pacientes críticos, sugerindo que a personalização das terapias pode melhorar os resultados clínicos. No entanto, os pesquisadores reconhecem que a integração da Medicina de precisão nas diretrizes atuais ainda é limitada e representa uma prioridade de pesquisa para o manejo de fluidos e terapias vasoativas em pacientes críticos.

Para ler o artigo, clique aqui.

3) Risdiplan no tratamento da atrofia muscular espinhal

Um estudo publicado em agosto de 2023 avaliou a eficácia e segurança do risdiplan no tratamento da atrofia muscular espinhal (AME). Após 12 meses de tratamento, 57% dos participantes com AME tipo 1 alcançaram uma pontuação em um teste de desordens neuromusculares igual ou superior a 40 pontos; mais da metade conseguiu se alimentar por via oral e controlar a movimentação da cabeça. Nos casos de AME tipos 2 e 3, observou-se um aumento nas pontuações das escalas MFM32, RULM e HFMSE em 2,09, 1,73 e 1,00 pontos, respectivamente.

Embora a eficácia na função respiratória para AME tipos 2 e 3 tenha sido inconsistente, apenas 16% dos participantes relataram eventos adversos, sem casos graves quantificáveis. Os pesquisadores concluíram que o risdiplan é uma opção terapêutica eficaz e segura para AME, destacando que os benefícios clínicos a longo prazo podem depender do estágio da doença no início do tratamento.

Para ler o artigo, clique aqui.