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Periódico da BMJ publica avaliações independentes, conselhos práticos sobre tratamentos individuais e o gerenciamento geral de doenças (imagem: Canva). Periódico da BMJ publica avaliações independentes, conselhos práticos sobre tratamentos individuais e o gerenciamento geral de doenças (imagem: Canva).
Confira os artigos mais lidos no Drug and Therapeutics Bulletin em novembro de 2024
  • Notícia
  • Ciências Biológicas, Ciências da Saúde
  • 26/11/2024
  • BMJ, DotLib, Estudos, Farmácia, Farmacoterapia

Com o intuito de te manter atualizado com o que há de melhor na pesquisa científica, a Dot.Lib traz mensalmente os conteúdos mais lidos em renomados periódicos de Farmácia e Farmacologia. A seguir, confira os artigos mais acessados do Drug and Therapeutics Bulletin, periódico da BMJ, em novembro de 2024.

1) Recomendações no manejo de efeitos adversos por clozapina

A clozapina, utilizada no tratamento de esquizofrenia resistente, apresenta um perfil de efeitos adversos significativos, incluindo agranulocitose, miocardite e febre. Um caso relatado descreve uma mulher na faixa dos 30 anos que, após 16 dias de titulação da clozapina, desenvolveu febre alta, tosse seca, diarreia e outros sintomas infecciosos, com achados de vidro fosco em tomografia pulmonar e marcadores inflamatórios elevados.

Após descartar infecções, a suspeita de pneumonite induzida pela clozapina orientou o manejo: antibióticos foram interrompidos, a dose do medicamento foi ajustada e os sintomas regrediram, permitindo a retomada do aumento gradual da clozapina sem recidiva da febre.

Especialistas enfatizam a necessidade de descartar infecções antes de atribuir febres à clozapina e recomendam reduções cuidadosas na dose em vez de interrupção abrupta em casos suspeitos. A febre induzida pela clozapina, geralmente transitória e inicial, requer monitoramento atento, especialmente quando acompanhada de sintomas infecciosos e marcadores inflamatórios elevados. Esse manejo criterioso pode ajudar a manter a continuidade do tratamento essencial para pacientes com esquizofrenia resistente.

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2) Atualizações sobre anticoncepcionais somente de progestagênio

Os anticoncepcionais somente de progestagênio são amplamente utilizados na Inglaterra, com mais de 3,1 milhões de prescrições em 2023, representando a maior parte dos 4,2 milhões de prescrições dessa categoria. Disponíveis em diferentes formulações, como desogestrel, levonorgestrel e noretisterona, esses contraceptivos são administrados continuamente, e atrasos no uso variam conforme o tipo: ≥3 horas para levonorgestrel e noretisterona, e ≥12 horas para desogestrel. Em 2023, o Reino Unido introduziu o Slynd, o primeiro contraceptivo à base de drospirenona sem estrogênio, que oferece uma janela de 24 horas para “pílulas esquecidas”, ampliando a flexibilidade no uso.

O custo total dos anticoncepcionais somente de progestagênio em cuidados primários foi de £41 milhões em 2023, com £16 milhões destinados a esses medicamentos. A introdução do Slynd é vista como um avanço, destacando-se como a única opção com uma janela mais ampla para falhas de adesão. Especialistas agora analisam as evidências disponíveis sobre este novo medicamento, explorando suas implicações clínicas e o impacto na escolha contraceptiva para as mulheres.

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3) Semaglutida no controle de peso e de diabetes

A semaglutida, originalmente aprovada para tratar diabetes tipo 2 como complemento à dieta e exercícios, foi posteriormente licenciada nos EUA e na Europa para o tratamento de obesidade e sobrepeso em indivíduos com comorbidades relacionadas ao peso. Os ensaios clínicos demonstraram uma perda média de quase 12% do peso corporal em 68 semanas. Contudo, estudos indicam que a interrupção do uso resulta na recuperação significativa do peso. Apesar de seu impacto, a semaglutida pode causar eventos adversos, como problemas gastrointestinais, pancreatite e reações alérgicas graves.

O crescente interesse pela semaglutida, impulsionado pela mídia e redes sociais, aumentou a demanda, gerando escassez nos mercados, incluindo produtos voltados ao tratamento de diabetes. No Reino Unido, o National Institute for Health and Care Excellence (NICE) recomenda seu uso para controle de peso por um período máximo de dois anos. Pesquisas em andamento buscam avaliar os benefícios de saúde a longo prazo da substância, que se tornou tema central no debate sobre medicamentos inovadores e sustentabilidade no sistema de saúde.

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