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Conheça a vida e o legado de cinco mulheres para se inspirar na semana do Dia Internacional das Mulheres (Imagem: iStock). Conheça a vida e o legado de cinco mulheres para se inspirar na semana do Dia Internacional das Mulheres (Imagem: iStock).
Cinco livros biográficos sobre mulheres incríveis
  • Artigo
  • Ciências Humanas, Linguística, Letras e Artes
  • 11/03/2022
  • Dia Internacional das Mulheres, Companhia das Letras, Livros, Dia da Mulher, DotLib

“Queriam que ela fosse do lar, mas ela era do ler. Com essa liberdade, ela era de onde quisesse ser” – Allê Barbosa (escritor e compositor).

Seja na política, no cinema, nas ciências e nas mais diversas áreas da sociedade, a presença feminina denunciou e combateu os males de suas épocas, trazendo justiça, empatia e equidade, além de um olhar à frente de seu tempo sobre o potencial do mundo para o bem.

A literatura é uma das artes que mais registram e eternizam essas lutas e conquistas. E um fato interessante é que os livros são a forma mais buscada pelo público feminino para expandir a mente, de acordo com a pesquisa Retratos da Leitura de 2019.

Pensando nisso e no contexto do Dia Internacional das Mulheres, comemorado no último dia 08, a equipe Dot.Lib preparou uma lista com cinco livros biográficos publicados pela nossa parceira Zahar (Grupo Companhia das Letras) sobre mulheres incríveis que deixaram legados positivos para o mundo.

“Quinta avenida, cinco da manhã”, por Sam Wasson

Um dos maiores ícones do cinema, Audrey Hepburn ocupa lugar especial no panteão das estrelas da sétima arte. Numa época em que os padrões femininos de Hollywood eram as louras voluptuosas vividas por Marilyn Monroe ou as eternas virgens representadas por Doris Day, a sofisticada e independente Hepburn mostrou que havia outros modelos a escolher.

Num inconfundível pretinho básico, essa nova mulher fez sua aparição triunfal em 1961, quando Hepburn interpretou Holly Golightly, uma moça não muito casta, no filme “Bonequinha de luxo”, de Blake Edwards. O crítico Sam Wasson mostra tudo o que havia por trás desse clássico do cinema e como Hepburn e sua personagem modificaram a moda, a liberdade feminina e a indústria cinematográfica dos anos 1960

“Na África selvagem”, por Mark Seal

Pouco depois da meia-noite, em 13 de janeiro de 2006, Joan Root foi assassinada em seu quarto por dois mascarados portando fuzis AK-47. Teria sido um assalto comum, como acredita a polícia do Quênia? Ou um assassinato a sangue-frio, a mando dos inimigos que Joan fizera em seus esforços pela preservação da vida selvagem? O jornalista Mark Seal partiu para investigar essa trágica morte, e descobriu a história de uma vida real e extraordinária.

A tímida Joan, com o dom quase misterioso de se relacionar com os animais, surpreendeu a todos ao se casar com o excêntrico Alan Root, pioneiro cineasta da vida selvagem. Juntos, revelaram em documentários a beleza da África a milhões de pessoas. Os mais de vinte anos de casamento foram marcados por incríveis aventuras, romance e filmagens inovadoras.

Mark Seal recorreu aos diários e cartas de Joan, além de entrevistar vários amigos da ambientalista, para retraçar o fim do relacionamento e a forma como ela reconstrói sua vida como protetora do frágil ecossistema do Quênia, ameaçado pelos interesses de grandes empresários.

“Por um feminismo afro-latino-americano”, por Lélia Gonzalez, Márcia Lima e Flavia Rios

Filósofa, antropóloga, professora, escritora, militante do movimento negro e feminista, a precursora Lélia Gonzalez foi uma das mais importantes intelectuais brasileiras do século XX, com atuação decisiva na luta contra o racismo estrutural e na articulação das relações entre gênero e raça em nossa sociedade.

Com organização de Flavia Rios e Márcia Lima, “Por um feminismo afro-latino-americano” reúne em um só volume um panorama amplo da obra desta pensadora tão múltipla quanto engajada. São textos produzidos durante um período efervescente que compreende quase duas décadas de história — de 1979 a 1994 — e que marca os anseios democráticos do Brasil e de outros países da América Latina e do Caribe.

Além dos ensaios já consagrados, fazem parte desse legado artigos de Lélia que saíram na imprensa, entrevistas antológicas, traduções inéditas e escritos dispersos, como a carta endereçada a Chacrinha, o Velho Guerreiro. 

O livro traz ainda uma introdução crítica e cronologia de vida e obra da autora. Irreverente, interseccional, decolonial, polifônica, erudita e ao mesmo tempo popular, Lélia Gonzalez transitava da filosofia às ciências sociais, da psicanálise ao samba e aos terreiros de candomblé. Tornou-se um ícone para o feminismo negro.

“Inverno na manhã”, por Janina Bauman

“Durante a guerra aprendi uma verdade que geralmente preferimos não enunciar: que o mais brutal da crueldade é que ela desumaniza suas vítimas antes de destruí-las. E que a luta mais árdua de todas é permanecer humano em condições desumanas”.

Em um relato pessoal e tocante, Janina Bauman revela as experiências e emoções de uma adolescente de família próspera que sofreu os horrores de ser judia numa terra controlada pelos nazistas. Quando Hitler invadiu a Polônia em 1939, Janina tinha 14 anos. Nos seis anos seguintes ela enfrentou a luta pela vida e os dilemas da adolescência, o medo e a perda da inocência, a fome e as primeiras emoções do amor.

A partir de seus diários da época — escondidos durante a guerra e reencontrados intactos após o conflito — a autora retorna a esses duros anos, apresentando-nos sua família, as amizades surgidas do infortúnio, a fuga do gueto de Varsóvia, a vida em esconderijos. Uma história extraordinária de sobrevivência, coragem e paixão pela vida.

“Cleópatra”, por Stacy Schiff

Uma das mulheres mais famosas que já existiram, Cleópatra governou o Egito durante 22 anos e até hoje permanece no imaginário de todos como símbolo de poder e beleza. É certo que o cinema e as artes contribuíram para a propagação do mito, afinal, a ideia mais próxima que temos de sua aparência é uma moeda cunhada com sua imagem e alguns dos fatos e datas históricas permanecem nebulosos.

Nada disso, porém, faz com que essa personagem seja menos fascinante. Stacy Schiff consultou inúmeras fontes e apresenta um retrato surpreendente não apenas de uma das figuras mais marcantes da história, mas de toda uma época.

No auge do poder, Cleópatra controlava praticamente toda a costa oriental do Mediterrâneo, o último grande reino de qualquer soberano egípcio e, durante um período, deteve o destino do mundo ocidental nas mãos. 

Cresceu em meio a um luxo incomparável e herdou um reino em declínio. Morreu aos 39 anos, uma geração antes do nascimento de Cristo. Um retrato de Cleópatra muito mais humano e ainda mais surpreendente do que as divas do cinema foram capazes de interpretar.

Todos estes títulos são da nossa parceira Zahar (Grupo Companhia das Letras) e estão disponíveis no Lectio, a plataforma de e-books da Dot.Lib. Se você quiser saber mais sobre a Zahar para a sua instituição, contate-nos pelo info@dotlib.com, pelo WhatsApp ou preencha o formulário

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