CABI / Wiley: estudo mostra necessidade do manejo integrado contra pragas no cultivo de milho
Um estudo realizado por cientistas da CABI e publicado recentemente na Wiley Library Online mostra a importância e a necessidade de desenvolvimento de práticas que aumentem a resistência do milho às pragas, como a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frudiperda). Isso porque a produção do cereal está ameaçada não só por essa e outras pragas, mas também pelas mudanças climáticas. A pesquisa também destaca um outro estudo que monitorou a população dessas lagartas por quatro anos e associou o aumento de um grau na temperatura média semanal ao aumento em dobro das populações do inseto.
Um dos autores do estudo, G. Mahendra Singh, explicou que, para garantir a produção de milho e a subsistência de milhões de pequenos agricultores diante do clima instável, das secas e do surgimento de novas pragas, algumas intervenções genéticas são necessárias. “A conservação e bioprospecção de novos alelos selvagens têm prosperado sob condições climáticas adversas, com cuidado humano mínimo. Ingressá-los em linhas de elite para produzir variedades climatizadas e resistentes a pragas é essencial para a produção sustentável de milho e ecologicamente correta cultivo”, afirma o cientista.
Desde a primeira detecção fora de sua área nativa, em 2016, a espécie invasora se espalhou por 73 países da África e da Ásia e tem comprometido de modo devastador não só o abastecimento mundial de milho — uma das principais fontes de alimento e nutrição da humanidade — como também a renda e sobrevivência dos produtores locais. O nome “lagarta-do-cartucho” se dá pelo fato do inseto recém-eclodido furar as folhas do milho e se alojar em seu cartucho, onde deixa seus excrementos que destroem o cultivo, especialmente quando este está na fase de florescimento. Outras várias culturas também são afetadas pela espécie, como algodão, arroz, cenoura, feijão, tomate e trigo.
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