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Posicionamento do periódico diante das farmacêuticas é de que “os dados devem estar total e imediatamente disponíveis para escrutínio público” (Imagem: iStock). Posicionamento do periódico diante das farmacêuticas é de que “os dados devem estar total e imediatamente disponíveis para escrutínio público” (Imagem: iStock).
BMJ publica editorial sobre transparência nos dados das vacinas contra a COVID-19
  • Notícia
  • COVID-19
  • 25/01/2022
  • Editorial, DotLib, Vacinas

Na última quarta-feira (19), o British Medical Journal (BMJ) — um dos mais renomados periódicos médicos do mundo — publicou um editorial no qual se posicionou sobre a disponibilidade dos dados das vacinas de COVID-19. O editor sênior da publicação Peter Doshi, a ex-editora-chefe Fiona Godlee e o atual editor-chefe Kamran Abbasi cobram que as farmacêuticas sejam mais transparentes a respeito dos estudos sobre os imunizantes por elas produzidos e afirma que “os dados devem estar total e imediatamente disponíveis para escrutínio público”. O posicionamento veio após a Pfizer indicar que, até maio de 2025, não receberá novas solicitações de dados sobre o principal teste de suas vacinas contra a COVID-19.

A demora no atendimento de solicitações do tipo também ocorre com a Moderna, que afirmou que os conjuntos de dados sobre seus imunizantes podem estar disponíveis a partir de 27 de outubro deste ano, data estimada para a conclusão primária dos estudos. A AstraZeneca disse que está pronta para receber os pedidos desses dados desde 31 de dezembro de 2021, entretanto, o tempo de resposta pode levar até um ano, conforme descrito no site oficial da empresa. A BMJ diz que tanto o acesso aos dados subjacentes dos testes com os imunizantes quanto a tomada de decisão sobre o que fazer com essas informações devem ser divulgados não só pelas farmacêuticas produtoras das substâncias, mas também por órgãos reguladores e de saúde pública.

“As empresas farmacêuticas estão colhendo grandes lucros sem um escrutínio adequado e independente de suas alegações científicas. O propósito dos reguladores não é dançar ao som das ricas corporações globais e enriquecê-las ainda mais; é proteger a saúde de suas populações. Precisamos de transparência de dados completa para todos os estudos, precisamos disso no interesse público e precisamos disso agora” diz o comunicado. A BMJ afirmou que apoia as políticas de vacinação com base em evidências sólidas e, desde 2013, assume o compromisso de não publicar qualquer ensaio clínico de medicamentos ou dispositivos médicos cujos autores não disponibilizem os dados anonimizados relevantes do paciente mediante solicitação.

Link para o editorial completo, clique aqui.

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