APS: rotação de culturas agrícolas pode ajudar no biocontrole de pragas nas plantações
A rotação de culturas agrícolas não só previne a erosão do solo, mas pode aumentar a imunidade de importantes cultivos — como as de milho, soja e trigo — contra patógenos nocivos que podem prejudicar a respectiva colheita. É o que diz um estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Québec em Montreau (Canadá) e propagado no Phytobiomes Journal, uma publicação da American Phytopathological Society (APS).
Para chegar a essa conclusão, a equipe inoculou a Pseudomonas syringae, uma bactéria que pode atacar diversos tipos de plantações, em abóboras e as cultivou no esquema de rotação em quatro cenários diferentes: cobertura de centeio de inverno, cobertura de centeio de inverno quimicamente terminada, cobertura plástica e solo nu. Posteriormente, foi realizada uma comparação entre cargas de patógenos nas plantas de abóbora cultivadas com a bactéria em suas folhas.
Por último, os cientistas analisaram o microbioma de mais de 2.200 amostras de folhas para entender como o cultivo de cobertura afeta o desenvolvimento de toda a superfície da planta que esteja acima do solo (denominada filosfera). Os resultados mostraram que além de todo o processo manter o solo rico em nutrientes, as populações de P. syringae diminuíram e gêneros comumente usados no biocontrole, como as bactérias Sphingomonas e Methylobacterium, começaram a surgir em abundância nas plantações.
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