American Society of Plant Biologists: edição genética pode tornar plantas resistentes às mudanças climáticas
Uma pesquisa publicada no The Plant Cell — um periódico da American Society of Plant Biologists — indica que a edição genética pode tornar alguns tipos de plantas resistentes à seca e a outros desafios impostos pelas mudanças climáticas. Para isso, os cientistas da Universidade de Estocolmo, na Suécia, manipularam a lignina, uma macromolécula essencial para o nascimento, desenvolvimento e imunidade das plantas.
O professor de fisiologia vegetal molecular e autor sênior do estudo, Edouard Pesquet, explicou que alteração genética ocorre por meio da adição de um átomo de hidrogênio na estrutura química da lignina. “É preciso apenas uma simples mudança química, apenas um átomo de hidrogênio além do álcool para o aldeído para tornar as plantas altamente resistentes à seca em condições em que todas as plantas ricas em álcool morreriam”, detalhou Pesquet.
O estudo foi realizado em parceria com a Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tóquio, no Japão, onde a técnica já é aplicada na indústria da seda, especificamente nas amoreiras que alimentam os bichos-da-seda. Os pesquisadores explicaram que os resultados do estudo revisam o entendimento científico sobre o papel da lignina na condução de água das plantas. Isso indica que, futuramente, será possível usar o código químico modificado desta macromolécula na agricultura, sem alterações no rendimento das sementes, e na silvicultura em tempos de seca.
Para ler o artigo completo, clique aqui.
Dot.Lib
A Dot.Lib distribui conteúdo online científico e acadêmico a centenas de instituições espalhadas pela América Latina. Temos como parceiras algumas das principais editoras científicas nacionais e internacionais. Além de prover conteúdo, criamos soluções que atendem às necessidades de nossos clientes e editoras.